O Tanoeiro da Ribeira

terça-feira, setembro 24, 2024

TAMBÉM NÓS PRECISAMOS DE PÔR CERA NOS OUVIDOS...

“Neste caminho, que nos torna sensíveis ao mistério dos outros, a literatura faz-nos aprender a tocar os corações.” (Papa Francisco, 17 de julho de 2024) Depois de partilhar convosco a leitura da Eneida, de Virgílio (1/2/2023) e da Ilíada, de Homero (22/11/2023) hoje, falo-vos da Odisseia, de Homero que, no dizer de Frederico Lourenço “é, a seguir à Bíblia, o livro que mais influência exerceu, ao longo dos tempos, no imaginário ocidental” (Odisseia, Introdução, pág. 13). A mais conhecida das epopeias, com 24 cantos e mais de 12.000 versos, narra o regresso de Odisseu (Ulisses, para os romanos), ‘de Troia à sua Ítaca’. “Aspetos vários desta história haveriam de entrar no imaginário da cultura ocidental: a teia de Penélope, as Sereias, o Ciclope antropófago, o amor sufocante de Calipso” (idem, pág. 19) Mais que o lirismo dos “similes’ que pontuam toda a epopeia, a recordar-me a Ilíada, quero partilhar convosco o gosto de ler, em verso, episódios que bem conhecemos. Faço-o, na tradução de Frederico Lourenço, editada pela Quetzal Editora. A teia de Penélope “Jovens, meus pretendentes! Visto que morreu o divino Odisseu, /tende paciência (embora me cobiceis como esposa) até que termine /esta veste – pois não queria ter fiado a lã em vão (…) Daí por diante também de dia ela tecia no grande tear, /mas de noite desfazia a ‘trama’, depois que punha as tochas. /Assim durante três anos ocultou o engano e convenceu os Aqueus.” (Canto 2, 96) O ardil de Calipso “Calipso de belas tranças, terrível deusa. Ela acolheu-me; /com gentileza me estimou e alimentou. Prometeu-me /a imortalidade, para que eu vivesse sempre isento de velhice, / Mas nunca convenceu o coração dentro do peito. /Aí fiquei durante sete anos, e sempre humedecia/com lágrimas as vestes imortais que me dera Calipso. (Canto 7, 255) O Ciclope antropófago “Ó Ciclope, olha bebe este vinho! Já que devoras carne humana (…) Assim falei. Ele pegou na taça e bebeu. Maravilhosamente se alegrou, /ao beber o vinho doce. /E pediu logo para beber uma segunda vez (…) Três vezes lho dei a beber; três vezes esvaziou a tigela, /na sua estupidez. (…) Falou e logo de seguida caiu para trás, e ali ficou deitado/ com o grosso pescoço de banda; e dominou o sono / que tudo conquista. (…) Tomaram o tronco de oliveira, aguçado na ponta/ e enterraram-no no olho do Ciclope, enquanto eu apoiava /contra o tronco o meu peso e fazia com que girasse” (Canto 9, 447) O suplício de Tântalo “Vi Tântalo a sofrer tormentos, /em pé num lago: a água chegava-lhe ao queixo. /Estava cheio de sede, mas não tinha maneira de beber: /cada vez que o ancião se baixava para beber, /a água desaparecia, sugada, e em volta dos pés /aparecia terra negra, pois um deus tudo secava. /Havia árvores altas e frondosas que deixavam pender seus frutos, /pereiras, romãzeiras e macieiras de frutos brilhantes; /figueiras que dão figos doces e viçosas oliveiras. /Mas quando o ancião estendia as mãos para os frutos, /arrebatava-os o vento para as nuvens sombrias.” (Canto 11, 582) O Mito de Sísifo “Vi Sísifo a sofrer tormento, /tentando levantar com as mãos uma pedra monstruosa. /Esforçando-se para empurrar com as mãos e os pés, /conseguia levá-la até ao cume do monte; mas quando ia /a chegar ao ponto mais alto, o peso fazia-o regredir, /e rolava para a planície a pedra sem vergonha. /Ele esforçava-se de novo para a empurrar: o suor /escorria dos seus membros; e pó da sua cabeça se elevava.” (Canto11, 593) O canto das sereias “Às sereias chegarás em primeiro lugar, que todos /os homens enfeitiçam, que delas se aproximam. /Quem delas se acercar, insciente, e a voz ouvir das Sereias, /ao lado desse homem nunca a mulher e os filhos /estarão para se regozijar com o teu regresso; /mas as Sereias o enfeitiçam com o seu límpido canto. (…) “Prossegue caminho, pondo nos ouvidos dos companheiros cera doce, para que nenhum deles as oiça. /Mas se tu próprio quiseres ouvir o canto /deixa que, na nau veloz, te amarrem as mãos e os pés /enquanto estás de pé contra o mastro. “(Canto 12, 39) Quantos ensinamentos, prenhes de atualidade, se escondem sob estas roupagens míticas… Também hoje abundam as sereias… Porque o homem - síntese de finito e infinito, simbiose de luz e sombra, anjo e demónio em concorrência - permanece em seu mistério… (24/9/2024)

terça-feira, setembro 17, 2024

CAMINHOS PARA O CORAÇAO

‘Ao amigo nada se exige e tudo se agradece.’ Recordei esta ‘máxima’, no “Dia Internacional da Amizade (30 de julho), ao ler os ‘20 passos no caminho para o coração’ de que fala o Papa Francisco no seu último livro – ‘Deus ama-te’ - publicado em Portugal pela ‘Albatroz’ em junho passado: “10. Lembra-te de que sem a liberdade não há amor. O amor deve a sua força e a sua beleza precisamente a isso: gera uma ligação sem tirar a liberdade. Sem liberdade não há amor, sem liberdade não há matrimónio, sem liberdade não há amizade”. Porque é belo este caminho, partilho, com vénia, os seus ‘passos’: “1. Mantém o coração aberto. Entrega-te à confiança de ser amado por Deus. O seu amor precede-nos sempre, acompanha-nos sempre, fica ao nosso lado apesar de tudo.” “2. Lembra-te de que vales por aquilo que és (…) não por aquilo que tens. Tu vales porque és único, és única.” “3. Escolhe aquilo que queres ser. Somos aquilo que escolhemos, no bem e no mal.” “4. Dá tu o primeiro passo. (…) No projeto da nossa vida, sermos os primeiros a construir pontes, a criar fraternidade, a amar, dirige o nosso caminho para a realização do nosso eu mais profundo.” “5. Faz as pazes com o teu passado. O Espírito atenua as recordações, recolocando no topo da lista aquilo que mais conta: a recordação do amor de Deus, o seu olhar para nós.” “6. Assume a tua vida. Quando sentes amarguras e desilusões, quando te sentes menosprezado ou incompreendido, não te percas em recriminações ou nostalgias. (…) Acolhe a dádiva de viver cada dia.” “7. Livra-te daquilo que dificulta o amor. Demasiado ter e demasiado querer sufocam o coração e tornam-nos infelizes e incapazes de amar. São dependências que envenenam o corpo e a alma.” “8. Ama tal como queres ser amado. (…) ‘O que quereis que os homens vos façam, fazei-o também a eles’ (Lc 6,31).” “9. Ama as pessoas uma por uma. Respeita o caminho de todos, seja ele linear ou atribulado, pois cada um tem uma história para contar.” “11. Livra-te da inveja. Somos capazes de dar lugar aos outros? De os ouvir, de os deixar crescer, de não os prender a nós, pretendendo reconhecimentos?” “12. Alegra-te com o bem dos outros. (…) As alegrias mais intensas da vida nascem quando se pode proporcionar a felicidade aos outros.” “13. Utiliza palavras que alimentam o amor.’Licença’, ‘obrigado’ e ‘desculpa’ são três palavras-chave. (…) As palavras apropriadas ditas na hora certa, protegem e alimentam o amor dia após dia.” “14. Mantém-te alerta. Amar significa estar atento ao outro (…) estar disponível para ouvir e acolher, estar pronto.” “15. Preocupa-te com os ausentes. Quem ama tem saudades de quem está ausente, procura quem se perdeu, espera por quem se afastou.” “16. Não desistas de contemplar as pessoas que amas. (…) Muitas feridas e crises têm origem no momento em que deixamos de nos contemplar.” “17. Aprende a depor as armas. (…) É preciso travar a cadeia do mal, quebrar a espiral da violência, deixar de sentir ressentimentos, parar de se queixar e chorar sobre si mesmo.” “18. Não te feches. O outro é o caminho para nos reencontrarmos a nós mesmos. (…) É preciso abrirmo-nos quando nos sentimos sós, procurarmos os outros quando surge a tentação de nos fecharmos.” “19. Dá ao mundo o teu toque de beleza. Se não aprendermos a cuidar do que nos rodeia – dos outros, da cidade, da sociedade, da criação – acabaremos por fazer da nossa vida apenas uma triste a afanosa corrida.” “20. Semeia fraternidade e colherás futuro. (…) Serás colhedor de futuro porque o mundo terá futuro só na fraternidade.” Quando acabava de escrever este texto, conheci uma história que respira o seu espírito. Aconteceu em S. Tomé, num almoço comunitário. Uma anciã, ao ver um sacerdote que não estava a comer por achar que a comida era pouca para tanta gente, disse-lhe: ”Senhor Padre, não se preocupe. Coma à vontade. O pouco sobra sempre e o muito nunca chega”. (cf. 7Margens, 16/8/2024). E lembrei minha mãe que, quando algum amigo aparecia em nossa casa, próximo da hora da refeição, convidava-o a ficar connosco, dizendo: enquanto está por comer, chega para todos. Quão sábias eram as nossas mães!… Como elas conheciam bem o ‘caminho para o coração’!… (18/9/2024)

quarta-feira, setembro 11, 2024

ESTA CANETA SALVOU MILHARES DE PESSOAS

“O Homem não é uma inutilidade num mundo feito, mas o obreiro dum mundo a fazer-se.” (Leonardo Coimbra) - No ano de 2005, em ‘A Grande Viagem’ – um livro de História que, em coautoria com Fátima Silva, publiquei e, durante vários anos, foi estudado em muitas escolas do Continente e Ilhas – escrevemos: “Aristides de Sousa Mendes nasceu (19/7/1885) em Cabanas de Viriato. Em 1938 é nomeado cônsul em Bordéus (França). É nessa cidade que se encontra quando rebenta a Segunda Guerra Mundial (1939); é aí que se vai jogar a sorte de muitos fugitivos aos horrores da guerra, às perseguições e campos de concentração nazis. Contrariando as determinações de Salazar, ajuda a fuga de 30 000 refugiados, de França para Portugal, concedendo-lhes os necessários vistos de entrada. (…) Foi forçado à aposentação, sem qualquer pensão e com impedimento do exercício da advocacia. (…) Morre em Lisboa (3/4/1954), ‘pobre e desonrado’. Porque é preciso não o esquecer, na terra que o viu nascer, surgiu uma Fundação que o lembrará.” - Em 2011, com minha esposa, fomos a Cabanas de Viriato para conhecer a casa onde viveu quem o ‘Memorial do Holocausto’, de Jerusalém, honra com o título de ‘Justo entre as nações’. E dei notícia na crónica ‘Aristides de Sousa Mendes – Herói de Humanidade’ (VP, 23/3/2011): “No centro da vila, lá estava uma avenida nova com o seu nome. Perto, uma imponente casa brasonada em ruínas. Não vi qualquer estátua ou busto, nem sequer uma lápide a informar que ali nascera um Homem que salvou milhares de pessoas do terror e da morte. Perguntei pela Fundação anunciada. Disseram-me que existe, mas não tem dinheiro. Pobre País que endeusa os seus ‘heróis de papel’ e maltrata os que lhe dão honras de universalidade. Foi no ‘Miradouro Cristo Rei’ que me surpreendi ao ver esta inscrição: Monumento a Cristo Rei mandado construir em 1933 pelo ilustre cabanense doutor Aristides de Sousa Mendes diplomata que exerceu as funções de cônsul geral em Bordéus – 1940 – salvou milhares de vidas do holocausto nazi da II Guerra Mundial”. - Em 2021, voltámos à sua terra, do que fiz crónica em ‘Casa da Consciência’ (VP, 3/11/2021): “A sua casa (…) já foi restaurada no exterior, mas o interior continua em triste abandono”. Estou a evocar este Português Maior, no dia (19/10/2021) em que a sua memória foi solenemente acolhida no Panteão Nacional com o descerramento da lápide: ‘ARISTIDES SOUSA MENDES -1885 – 1954 - JUSTO ENTRE AS NAÇÕES – DIPLOMATA’. Apenas uma pergunta… - Se o Papa Francisco criou o “Dia da Consciência” em homenagem a Aristides de Sousa Mendes, porque não fazer do solar onde viveu a “Casa da Consciência? “ No passado 2 de agosto, fomos visitar o ‘Museu Aristides Sousa Mendes’ na sua casa, agora belamente recuperada, de cuja inauguração o ‘7Margens’ fez duas notáveis reportagens (20 e 21 de julho) que merecem ser lidas. Em silêncio, peregrinámos pelas salas de exposição: Um Lugar de Memória; ‘Uma Família Patrícia’; Carreira Diplomática; ‘É a Guerra’; Bordéus1940; ‘Fragmentos de Vida’; Castigo e Reabilitação; ‘Refugiados Hoje’; Salvadores; ‘Dia da Consciência’. Um silêncio meditativo que contrastava com o que experimentámos ao percorrer os campos de concentração de Dachau (Alemanha), em 1971, e de Auschwitz (Polónia), em 2013. Lá, foi de terror, aqui, de louvor; lá, foi de morte, aqui, de vida; lá, foi de extermínio, aqui, de libertação; lá, o medonho, aqui, o sublime; lá, ‘o monstro saído/do buraco mais fundo da caverna’; aqui, ‘o anjo caído/do tal Céu que Deus governa’, de que fala Miguel Torga. E o silêncio fez-se emoção ao contemplarmos a caneta com que assinou os passaportes e o carimbo que autenticou a sua assinatura. A terminar… Louvor: Na pessoa de Paula Teles e de Luís Medeiros que tão bem nos acolheram, presto a homenagem a quem deu corpo e mantém vivo este ‘Legado do Salvador e Herói de Consciência’, a começar pela Fundação que honra o seu nome e pela autarquia de Carregal do Sal que a apoiou. Sugestão: Amigo Leitor, se puder, vá conhecer este Museu ímpar da nossa História. A entrada e o opúsculo que guia a visita são gratuitos. Será recebido com cordialidade e ajudará a reparar a injustiça que, durante muitos anos, silenciou um dos nossos heróis maiores, porque herói de toda a Humanidade. (11/9/2024)

VAMOS CONHECER A NOSSA TERRA - VI - DO SENHOR D'ALÉM AO MONTE DA VIRGEM

Amigo, para iniciar bem o retomar do trabalho, convido-o para um passeio por terras de Gaia… Começa cedo o meu dia. E logo se faz louvor quando na marginal, junto ao Esteiro de Campanhã, meus olhos se deslumbram com as águas do Douro, ora a tremeluzir, radiosas, aos primeiros raios da manhã, ora a espreitar, tímidas, por entre a neblina. E, à noite, é o rio debruado a ponto-luz… Sublime! E o louvor ao Deus da Criação, de Melquisedec, faz-se oração ao Deus da Revelação, de Abraão (Gn 14,17-24), quando meus olhos descobrem, na outra margem, o branquejar da capela do ‘Senhor d’Além’ que irá reabrir este mês, após longos anos de abandono. Construída em 1877, veio substituir uma anterior cujas origens remontam ao século XII quando o bispo do Porto, D. Pedro Rabaldio, mandou edificar uma pequena capela para acolher a imagem do “Senhor Crucificado” que, em 1140, fora encontrada nesse local. (cf. JN, 14/8/2024) A coroar o monte que já foi de S. Nicolau e de Quebrantões, os monges de Grijó construíram, no século XVI, um mosteiro com a capela dedicada à Senhora do Pilar que acabaria por dar nome à ‘Serra do Pilar’. O seu miradouro oferece um panorama único sobre ‘um imenso casario que se estende até ao mar’ (Carlos Tê e Rui Veloso). É uma paisagem de sonho. Ainda estou a ver a cara de espanto dos convidados que aí vieram participar no casamento do nosso filho… Mais deslumbrante ainda é a visão do cimo do zimbório para quem lá conseguir subir… No renovado Jardim do Morro, aproveitemos o teleférico e desçamos, em beleza, até ao cais de Gaia ao encontro do “Convento de Corpus Christi” também referido como “Mosteiro de São Domingos das Donas de Vila Nova de Gaia” e “Instituto Bom Pastor”. Porquê esta abundância de nomes? A sua fundadora, uma fidalga de Gaia, dedicou-o, em 1345, ao ‘Augusto Sacramento da Eucaristia’ e entregou-o à ‘Ordem de S. Domingos’. Em 1930, as irmãs do ‘Instituto Bom Pastor’ criaram o Instituto Feminino de Educação e Regeneração. Merece uma visita cuidada o seu ‘Coro Alto’, de estilo barroco, onde sobressai a talha dourada e o teto com 49 caixotões decorados com pinturas em madeira. Continuemos pela Afurada até à orla marítima para visitar a capela do ‘Senhor da Pedra’, em Miramar, construída em 1763 sobre um rochedo em cima do mar onde já haveria um templo pagão. A sua romaria, antigamente, era uma das maiores da região. Até de Arouca vinham muitas rusgas, bailando e cantando: ‘Meu lindo, Senhor da Pedra/ Meu rico Senhor da Areia/ Não posso entrar lá dentro/ Que a capelinha está cheia’. Seguimos para o mosteiro de Grijó, dos Cónegos Regrantes de Santo Agostinho. Com origens no século XI, o atual é dos séculos XVI/XVII. Na antiga sala do capitulo, merece uma visita o túmulo gótico, do séc. XIII, de D. Rodrigo Sanches, filho bastardo de D. Sancho I. Na igreja, chama-nos a atenção a imagem de Santo António, vestido de Cónego Regrante… Depois de subir até à capela da Senhora da Saúde nos Carvalhos, nas imediações do castro do ‘Monte Murado’, desçamos até ao românico mosteiro de Pedroso, fundado no século X, de que foi abade Pedro Julião, o, até ao presente, único papa português com o nome de João XXI. Aqui esteve preso, por ordem do Santo Ofício, o Padre António Vieira. É um mergulho na Idade Média… E terminamos no ‘Monte Grande’ em Oliveira do Douro que, a partir do dia 1 de janeiro de 1905, passou a chamar-se ‘Monte da Virgem’, evocando o nome de dois bispos que ficaram no coração das gentes do Porto: D. António Barroso - faz hoje 106 anos que foi a sepultar na sua terra de Remelhe - que em 25 de junho de 1905, benzeu a ‘pedra fundamental’ do Monumento à Imaculada do Monte da Virgem e aqui veio muitas vezes rezar e presidir a grandes peregrinações; D. António Francisco dos Santos – na próxima quarta-feira, completam-se 7 anos sobre o seu falecimento – que, em 4 de junho de 2017, três meses antes da sua morte tão inesperada quão chorada, presidiu, neste santuário, ao último ‘Dia da Voz Portucalense’ e acompanhou a visita guiada ao Monumento, um compêndio sobre a história do santuário e do dogma da Imaculada Conceição. Se a Serra do Pilar tem a mais bela vista sobre o ‘Porto Histórico’, o Monte da Virgem oferece-nos o mais belo panorama do ‘Porto Oriental’. Pela sua história e pela sua beleza, merece bem uma visita… (4/9/2024)