O Tanoeiro da Ribeira

sexta-feira, fevereiro 19, 2010

UM CARNAVAL DIFERENTE NO PORTO

Em busca da Alegria Pascal

Este ano, foi diferente o Carnaval no Porto…

No sábado à tarde, eram milhares de jovens a entrar no “Dragão -Caixa”. Que se passa? – interrogavam-se os transeuntes. O Dragão-Caixa virou discoteca da moda?
No domingo, as carruagens do “Metro” andavam a abarrotar de jovens. Mas que é isto? Haverá um corso carnavalesco no Porto? À minha beira, um grupo de rapazes procurava meter conversa com raparigas que tagarelavam próximo. - Donde sois?
- De Espanha, responderam –Mas donde? - insistiram. - A nossa terra fica a duas horas daqui, disseram elas, por entre risos. - Sois de Ayamonte?- pergunta um dos rapazes. Nós somos do Algarve e de Espanha só conheço Ayamonte… As gargalhadas ecoaram por toda a carruagem. - Não, somos de Vigo…

Que se passa? Jovens de Espanha, do Algarve… Quem reparasse nos crachás que traziam ao pescoço encontraria a resposta: “TAIZÉ/PORTO.

Na 2ª feira, subi à Igreja de S. Bento da Vitória para ouvir D. Manuel Clemente responder à pergunta: “É possível a alegria?”.

Os jovens, às centenas, sentaram-se no chão, no transepto daquela grande igreja monástica.
O Senhor Bispo começou por esclarecer que não iria falar da alegria espontânea num tempo tão carregado de incertezas para os jovens. Iria, sim, falar da Alegria Pascal, baseado nas experiências vividas por Cristo.
Começou por Luc 10,21, “Naquela mesma hora, Cristo estremeceu de alegria” E por que é que Cristo sentiu alegria tão grande? É que os discípulos voltaram alegres da sua viagem porque tinham sido bem sucedidos: é a alegria de quem vê cumprida a sua missão; é alegria de quem sente que os outros acolhem bem a sua mensagem.

Depois, passou para a Parábola da ovelha perdida e leu: “digo-vos assim que haverá maior alegria no céu (Deus) por um só pecador que fizer penitência, do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento.” (Lc 15, 7). Esta é a alegria de Deus, a alegria da conversão.

Comentou, ainda, várias passagens da Oração Sacerdotal, (Jo. 17), realçando sempre que é no amor que se consuma a unidade. Esse é o Mistério da Trindade, um Deus-Relação. É em família que o Homem/Pessoa se realiza como imagem deste Deus-Amor. È, pois, na relação com os outros que a alegria é plena. No dar-se está uma alegria que ninguém nos pode tirar. Ser feliz é fazer os outros felizes. “Quem quer o que Deus quer, tem tudo quanto quer.

Na manhã da Páscoa, foi o encontro de Madalena com Jesus Ressuscitado: “Disse-lhe Jesus: “Maria”!”.(Jo 20,16). Foi a alegria deste chamamento que a fez “correr para anunciar aos discípulos”. É a alegria do encontro pessoal com Deus.
Na tarde desse mesmo dia, Jesus apareceu aos discípulos (20,19). A alegria do Ressuscitado é partilhada por todos excepto por Tomé que não estava com eles. A alegria nunca pode ser vivida na solidão e no egoísmo. Nessa aparição, Cristo investe os discípulos na missão. Nós somos esses discípulos e a nossa alegria está no cumprimento da missão que Cristo confia a cada um de nós. E termina com as palavras de Cristo a Tomé “Creste, porque me viste. Felizes aqueles que crêem sem ter visto (Jo 20,29). E concluiu: nós somos esses e, por isso, somos felizes.

Este texto, à maneira dos evangelhos, não é uma reportagem, mas uma vivência.
Quando à saída da igreja, o Frei Geraldo me perguntou: “Como vai essa vida?!”, a resposta foi: “Em busca da Alegria Pascal”.

E FOI UMA FESTA!...

O primeiro "Dia da Voz Portucalense" - em 24 de Janeiro de 2010


Como escreveu o nosso “Assinante Fiel” de Coimbra, Adelino Marques: “Na memória ficarão a dignidade da Celebração, a profundidade da alocução do senhor Bispo D. Manuel Clemente, a religiosidade de tão numerosa assembleia, a justeza da recordação dos que, no passado remoto ou no próximo, deram vida aos dois periódicos da diocese portuense”.

Só nosresta agradecer:

• Aos muitos assinantes que, num domingo à tarde, abandonaram o aconchego dos seus lares e, com sacrifício, corresponderam ao nosso apelo.

• Aos Assinantes Fundadores, Fiéis, Divulgadores e Sementes de Esperança que aguentaram o frio de uma tarde de inverno para receberem o seu diploma das mãos do Senhor Bispo e até nos perdoaram alguma desorganização fruto da nossa falta de experiência.

• Aos senhores Bispos Auxiliares e aos senhores Cónegos cuja presença foi um incentivo para os trabalhadores e assinantes da Voz Portucalense. Ao Cónego Amadeu Ferreira da Silva, capelão da Sé Catedral, que, desde o início, apoiou a nossa iniciativa e se disponibilizou para nos ajudar.

• Aos muitos sacerdotes que, depois de uma manhã de intensa actividade pastoral, ainda quiseram participar na concelebração.

• Ao Pe. Agostinho Pedroso, pároco de Santo Ildefonso e membro do Secretariado Diocesano de Liturgia que, desde a primeira hora, se responsabilizou pela liturgia da Celebração e tão bem soube dinamizar uma assembleia em plena comunhão com o seu Bispo.

• Ao Professor António Mário Costa que fez ressoar pelas velhas abóbadas da nossa Igreja-Mãe a música sublime do grandioso órgão da Sé.

• Ao Coro Gregoriano do Porto que nos fez recuar no tempo e viver a mágica espiritualidade do canto gregoriano.

• Aos acólitos, leitores e cantores de Santo Ildefonso que, orientados pelo seu Pároco, tanto contribuíram para o clima de festa que se viveu.

• Aos Escutas da “Fraternidade Nun’Álvares” de Campanhã a quem se deve o êxito na ordenação do estacionamento dos carros no Terreiro da Sé, no acompanhamento dos convidados e na colecta do ofertório.

• Ao Marques da Cruz que pôs todo o seu empenho e arte na concepção e realização dos vários diplomas e na pagela comemorativa.

• Ao Senhor D. Manuel Clemente que, embora muito cansado com a Visita Pastoral a Santo Ovídio, ainda teve forças para acolher com um sorriso e uma palavra amiga todos os assinantes a quem entregou diplomas. Receber é bom. Dar é melhor. Dar-se é ainda melhor. Dar-se com ternura e alegria é SUBLIME.

Muito obrigado a todos, e muitos foram, os que, anonimamente, contribuíram para este “Primeiro Dia da Voz Portucalense”.
Para o ano haverá mais… se Deus quiser.

Ecos de um texto

É sempre com muito gosto que acolhemos ressonâncias de textos que publicamos. Foi o que aconteceu com o artigo “Um Bispo que incomodou Salazar”. Alguém nos telefonou a dizer que, no Lar da Misericórdia de Gaia, vivia uma senhora que conhecera D. Sebastião Soares de Resende e gostaria de falar com o autor do referido artigo.
Telefonei e fui atendido por uma voz fresca e bem timbrada com quem combinei encontrar-me na tarde do dia seguinte.
Minha mulher comprou-me uma flor para oferecer à senhora: as mulheres estão mais atentas aos pequenos pormenores que, por vezes, nos escapam e dão beleza à vida.
À hora marcada, compareci no Lar Tavares Bastos, na Madalena, da Santa Casa da Misericórdia de Gaia. Esperava-me uma casa airosa, que fora residência da família que doara a quinta à Misericórdia. O sol entrava pelas amplas janelas, iluminava e aquecia todo o edifício naquela tarde de inverno. Tudo cheirava a limpo e asseado. É uma casa onde dá gosto viver.



Logo à entrada, esperava-nos a D. Adriana Pereirinha, muito bem vestida: a cor da camisola combinava muito bem com o colar que lhe enfeitava o pescoço. Foi com um sorriso que nos acolheu e conduziu ao gabinete da Directora do Lar, Drª Dália Esteves, com quem nos demoramos numa simpática e interessante conversa sobre o nosso Jornal e a quem agradeço a amabilidade de ter oferecido uma sala para o nosso encontro com a D. Adriana.
Falou-nos dos 22 nos que viveu em Moçambique. Foi aí que conheceu D. Sebastião. Particularmente, conversou com ele três vezes. A primeira, aconteceu em Angónia, aonde D. Sebastião se deslocou para a bênção dos sinos oferecidos à Missão. A segunda foi, em Tete (em 1964?) na inauguração do “Lar da Criança de Tete”, um grande edifício, junto ao Hospital. Fizera parte do pequeno grupo de 7 ou 8 senhoras que arranjou dinheiro para a construção e criação do lar. Havia brilho nos seus olhos quando falava das “fardinhas” que confeccionou para as crianças usarem no dia da inauguração. A última vez foi num banquete no palácio do Governador. Teve a dita de ficar sentada ao lado direito do Senhor Bispo. Quando soube que ela era natural da Madalena em Gaia, o tema da conversa virou para a sua terra, Milheirós de Poiares, e os donos da “Fàbrica do Carvalhinho”, nas Devesas, que ambos conheciam.
Com quem tinha uma grande amizade era com o Dr. António Brás, sobrinho (?) do Senhor Bispo. Era médico da Companhia Colonial do Buzi, na Beira, onde ela e seu marido eram funcionários. Foi ele que a assistiu no nascimento do seu 2º filho e ela, por sua vez, fora explicadora do seu filho Zezinho.
D. Adriana concluiu: o Senhor Bispo era uma boa figura, alto, elegante. Conversava calmamente, não fazia acepção de pessoas, tanto falava com ricos como com pobres, com brancos e com os negros. Era uma pessoa muito modesta, sem vaidades. Prova disso foi a sua última vontade: quis ser enterrado numa simples campa rasa, no caminho central do cemitério da Beira para que todos pudessem passar por cima dele. A sua campa diz: “Sebastião, primeiro Bispo da Beira”.

segunda-feira, fevereiro 08, 2010

HOMENAGEM A UM SORRISO



Oferecemos o sorriso do Zé Carlos



“Duas faces de um só dia
A nossa vida é uma mescla inesperada de alegrias e dores. No passado domingo vivi um desses dias.
De manhã, participei no funeral de José Carlos, um jovem veterinário, inteligente e bom, que no fim de alguns anos de sofrimento intenso, suportado com resignação e fé, partiu para a eterna luz de Deus.
Conheci-o num gesto simpático, Seu pai – meu grande amigo – tinha-lhe falado de mim. A oportunidade de nos conhecermos surgiu no fim de uma apresentação do Coro Gregoriano do Porto, na igreja da SS. Trindade. Vi um jovem sorridente, apoiado numa canadiana, atravessando a multidão, com dificuldade, dirigindo-se para mim. Abracei-o e dei-lhe palavras de esperança.
Não voltei a vê-lo, mas jamais esqueci aquele rosto cândido e afável. José Carlos aceitou o longo sofrimento da doença grave que o levou precocemente para a eterna luz de Deus.
Seus pais viveram este tempo e esta hora de dor com a força da sua fé.
Da parte de tarde de domingo, realizou-se, pela primeira vez, a festa da Voz Portucalense…Foi uma inesquecível hora de alegria”
(Mário Salgueirinho, Voz Portucalense, 27 de Janeiro de 2010)




Não é fácil falar da morte de um amigo


"Não é fácil falar-se da morte, sobretudo quando toca amigos e familiares.
Há poucos dias, vi um casal dar um testemunho fantástico de fé e aceitação da vontade de Deus que lhes “levou” um jovem filho na flor da idade e dos sonhos. Foram fortes nos quatro anos de doença incurável do filho e fortes na sua morte. Nem um queixume nem um ai. Cumpria-se o desígnio de Deus; Deus seja louvado! A vós, Anita e João, a minha força, a minha amizade e a minha admiração. A ti, Zé Carlos, que partiste tão cedo para o Senhor, intercede junto de Deus por nós". (P. Gomes, JN, 29 de Janeiro 2010)




POEMA


Não deplores ó Ana,
Com a tua voz aguda e dorida
O decurso magoado desta vida

João, jovem bondoso e de Fé
Não chores que as tuas mãos estão unidas
Juntinhas com as do Zé
São duas guaritas em forma de Cruz
bonitas


Eu clamei pela Ana,
E a Ana não me falou
Ó Ana, ó Ana
Senhora, minha Mãe, já vou
E uma pomba branca de mansinho esvoaçou
No vosso coração fez um ninho
com macias felgas,
Com muito carinho
Acompanhando à eternidade
quem anda triste,
mas não anda sozinho.
Para os filhos, pais e irmãos aqui vai
Aqui fica o nosso doloroso testamento,
Que não o leve o vento
Mesmo que tenhamos vontade infinita de chorar
Ergamos as mãos e vamos rezar…

Ferreira de Brito



CARTAS

“Dar sentimentos sabia a profanação. Depois de tudo quanto me contaram a respeito do Grande Dia . Quero agradecer-vos o exemplo de Fé que me (nos) destes. De resto, o vosso filho está vivo. Por isso, a grandeza e a nobreza do vosso testemunho.”

“Com os meus cumprimentos quero apresentar-te, a ti, bem como a todos os teus, as minhas sinceras condolências pelo falecimento de teu filho. Sei bem quanto cuidado de deu, quanto ele e tu sofrestes contra uma doença implacável.
Comungo dos teus sentimentos nesta hora difícil e sei que tens Fé para superares tão grande provação.
(…) Muita coragem para todos vós “


BLOGNosso querido afilhado!

No dia 24 deste mês de Janeiro de 2010 sepultámos o nosso afilhado José Carlos no cemitério da freguesia da Campanhã, no Porto. Passaram 29 anos, quase trinta, desde o seu nascimento a 4 de Março de 1980.
Todas as nossas memórias são de um menino, depois criança, depois jovem, alegre, enternecedor, prestável, carinhoso, responsável, bem educado.





Há quatro anos atrás, veterinário formado, soube que tinha um grave problema de saúde, prometeu a si mesmo resistir, informou-se e colaborou com os médicos a quem recorreu, sujeitou-se às operações e aos tratamentos, sofreu desmedidamente.

Seus pais, seus avós, seu irmão e sua cunhada, tudo mobilizaram para superar a situação, tudo sofreram também.
Não sabemos ainda como superar estes dramas de saúde, precisamos de mais e melhor investigação. Mas já sabemos mais sobre o sofrimento, sobre o desespero, sobre a perda das palavras. Também sabemos mais sobre o sorriso e sobre a vontade férrea de esperar. Sabemos um pouco mais também sobre a tranquilidade dos laços afectivos, sobre estes laços que nos unem para lá da família e da partilha do mesmo chão.
Um filho é toda a vontade de futuro. Perdê-lo é um grito, uma raiva, uma negação de quanto pensamos ser firmeza de espírito ou certeza de imortalidade, uma escuridão completa. Que olhos se podem habituar à escuridão da morte?



Os do amor, esse fio de vida que o Zé Carlos manteve em si, conservou até ao sossego final.
Todas as lágrimas regarão flores, toda a saudade será estímulo, toda a certeza será fé.
De todos nós, ele foi primeiro e era o mais novo.
O nosso menino, o nosso afilhado está tão cerca de nós.
Ao pai, à mãe, ao irmão, aos avós, damos um aperto de alma.



Ó Zé, o teu infinito cobre-nos de inquietação. Tu és um santo!

J. Machado


E-mails


“ Ante todo, moitas, moitísmas grazas por ter podido compartir contigo, con Ana e con todos ese día tan intenso, tan humano, tan divino. De verdade que sodes algo fóra do común, e a vosa dor, tan grande pero tan ben asimilada, faivos aínda máis profundamente humanos e crentes.
Aprendín moito e sentín a nostalxia de que non haxa máis persoas e crentes coma vós. Pero estou certo de que aí, e fóra daí, sodes fermento de fe e esperanza para moitas máis persoas do que nós nunca chegaremos a saber.
Espero que a dor vai cedendo cada vez máis espazo á serneidade, a esperanza e á comuñón viva co Zé (no último cap. do libro algo digo ao respecto).”


“Alegro-me na esperança, sinto contigo e a tua família em solidariedade plena o acontecimento pelo qual acabais de passar. (…) A comunhão dos santos é um dos dogmas mais bonitos e dão a certeza duma presença mesmo na ausência, na separação. Um abraço de solidariedade e em comunhão convosco pedimos ao Pai e ao José Carlos que interceda por nós junto do Pai e nos dê a certeza do que a Fé nos leva a antecipar. Um grande abraço de solidariedade e temos a certeza de que esta separação é momentânea. Um grande abraço e paz à sua alma e grande conforto para os vossos corações. (…)
Em palavras sapienciais diria que Deus bateu-te à porta para te dar um abraço. E que loucura! Pede-te quase o absoluto. É caso para dizer: porra! Que mais, Senhor? É Ele o Senhor dos corações, do Universo. Bendito seja para sempre! Louvado o seu nome! e é Job quem fala e nos estimula a avançar: Bendito seja! Insondáveis são os seus desígnios, imperscrutáveis os seus caminhos. Rezemos ao José Carlos, nesta sala de espera, que nos ajude a superar este interregno para que possamos em plenitude fruir do Bem absoluto em que acreditamos.”


“Gostava de um pouco da tua reconhecida eloquência para poder transmitir os meus sentimentos neste momento.
Primeiro, a grande tristeza por ver partir um amigo de longa data mas que, seguramente, muito depressa se transformará em mais uma estrela a iluminar os nossos dias e com certeza estará a olhar por todos nós e por nós esperará pelo dia do reencontro.
Depois, o saber que o sofrimento tem os dias contados e que agora encontrou a paz depois de tão medonha luta.
Tenho também de aqui deixar a minha admiração pela tão sentida e comovente cerimónia em que acabámos de participar e que não deixou de emocionar cada um dos que a ela assistiram. Em idênticas circunstâncias foi a mais bonita a que tive oportunidade de assistir.
Foi para mim um privilégio ter tido por amigo o nosso Zé Carlos, cujo vazio deixado será com toda a certeza como se um meu familiar se tratasse.
Certo de que juntos continuaremos esta nossa caminhada, fica com um forte abraço amigo e solidário na certeza de, apesar de mais pobres com esta ausência física, todos saberemos ultrapassar tão difícil privação.”


“Obrigada pelo vosso testemunho de Fé.
Mesmo em circunstâncias tão difíceis, consegues dar mais do que receber.”



“Não tenho palavras. Neste momento só tenho lágrimas.”


“Bem sabes como todos os amigos têm torcido por uma resolução diferente...
Sofro convosco...
Beijinhos grandes nesta hora tão dolorosa...”

“Não sei o que dizer! Nada do que agora diga vai ajudar o que o Pais do Zé Carlos estão a passar.
O meu abraço de Dor convosco.”



SMSs


“ Momento alto este em que ouvimos o João falar do Zé! Senti mesmo que o Zé falou pela boca do irmão!”

“Força, coragem, aceitação, fé e resignação são palavras que devem estar sempre presentes convosco. Amanhã estarei presente fisicamente. Aceitem um abraço de solidariedade e sentidos pêsames “

“Presente na dor e no amor.”

De joelhos diante do mistério insondável do amor de Deus, com a humildade mais profunda estamos em comunhão convosco.”

“ Rezo pelo teu filho que o Pai quis junto d’Ele… Era d’Ele… E também rezo por ti, e por vós.”

“O Senhor da Vida saberá consolar-vos e ao Zé recebê-lo nos seus braços de Pai. “

“Estou solidário com a vossa dor. Nas minhas desajeitadas conversas com Deus falo-lhe de vós. “

Fico unido a vós na oração e na festa da Ressurreição. Esta tarde celebrarei a Eucaristia aqui em Frascati não pelo Zé mas com o Zé. Aceitem o meu abraço de proximidade e de amizade”


“Que Dios vos bendiga. José vosso filho está no Ceu ,e en la terra y espiritualmente yo soy un filho vosso adoptivo.”
“Mi messa di oggi e amanhana es por José e per voi. Yo quiero star en Porto ma no puedo. Yo soy en Porto spiritualmente. Com tutto mi amore e vicinanza.”
“Buona domenica. Come va? Che il Signore Gesú vi benedica e vi consoli. Com mia oração vi sono vizino.”

“Sensibilizou-me sobremaneira vossa atitude em fazerdes as leituras na missa de corpo presente e também o elogio fúnebre do João irmão. A vossa fé encheu-me de alegria pois também contribuí para esta exaltação com a entoação do salmo . O vosso testemunho é imenso. A Fé de todos nós abranda a Dor… Deus seja louvado!”

“Um abraço do Altar da Sé .”

A perda faz-nos olhar para trás e procurar o que se perdeu mas devemos olhar para o futuro e acreditar na redenção.”

Unidos no desgosto de perder um filho, pensamos em vós pedindo a Deus coragem para esta travessia de dor e saudade.”

“Quero dar-te um beijo grande e dizer-te que és linda, superior, maravilhosa. Um exemplo de coragem e força de viver. Agradeço a tua amizade e a lição que nos deste hoje. Gosto muito de ti.

“Sussurraram-me ao ouvido que faltava um Anjo no Céu. Nós estamos de corpo e alma solidários na dor convosco. Ficamos com mais uma boa Estrela no firmamento.”

“Um exemplo de dignidade inesquecível.”

Há pessoas que nos tocam de modo especial. Com o Zé só estivemos uma vez e tivemos saudades. Partilhamos a vossa dor. Guardaremos a alegria do Zé connosco.”

“Estamos convosco na dor e na oração.”

“Sei que continuas uma guerreira. O Zezinho vai dar-te coragem. O amor está na alma e a alma não morre.”


“Estou contigo nesta hora tão difícil. O sofrimento dele acabou. Podes ter a certeza que está bem. Vou pedir aos meus que já lá estão para o ajudar nesta nova caminhada.”

“Penso que ele agora vai descansar”.

“Em tempos, num dia como o de hoje alguém me disse uma coisa que me fez muito sentido e gostaria de partilhar convosco: …”E de novo acredito que nada do que é realmente importante se perde. Apenas nos iludimos, julgando que somos donos das coisas, dos instantes e dos outros. Comigo caminham todos os mortos que amei, todos os amigos que se afastaram e muitos momentos. Não perdi nada, apenas a ilusão de que tudo poderia ser meu para sempre.”

“ O Zé Ressuscitou”.

Oração dos Fiéis da Missa de 7º Dia
Para que o longo caminho de calvário que o José Carlos percorreu
o conduza à Páscoa da Ressurreição,
Oremos, irmãos

Para que o Pai recompense os muitos amigos que ajudaram o José Carlos a carregar a sua pesada cruz,
Oremos, irmãos

Para que Nossa Senhora e São Francisco de Assis, a quem tanto amou, sejam os seus medianeiros junto de Deus,
Oremos, irmãos

Para que o sorriso do José Carlos permaneça em nós e nos dê forças nas horas amargas da vida,
Oremos, irmãos