O Tanoeiro da Ribeira

quarta-feira, maio 24, 2017


COM MARIA...


 2017 é tempo de centenários. Acabámos de celebrar o de Fátima e preparamos o do falecimento de D. António Barroso.

Fátima mereceu o devido destaque no documento “A Alegria do Evangelho é a nossa missão”, de 10 de julho do ano passado, assinado por todos os bispos que servem a nossa diocese, nos seguintes termos: “Em sintonia com a celebração do centenário das aparições de Nossa Senhora em Fátima aos pastorinhos Francisco, Lúcia e Jacinta, (…) voltamo-nos agora para Maria, Mãe de Deus e nossa Mãe. (…) Que Nossa Senhora, Mãe de Deus, a Senhora mais brilhante do que o sol, que há 100 anos nos trouxe, em Fátima, uma mensagem de ternura, de graça, de misericórdia e de paz, nos ilumine e nos guie para que “com Maria, a Igreja do Porto se renove nas fontes da alegria!”.

D. António Barroso foi objeto de realce na Nota Pastoral- “A Santidade – fonte de Alegria e Bênção” , de 19 de janeiro deste ano, assinada por D. António Francisco: “Aproximando-se o centenário da morte de D. António Barroso a 31 de Agosto de 2018 e sendo necessário preparar, programar e celebrar dignamente esse momento …”

A Voz Portucalense não podia deixar de se solidarizar com estas duas intenções maiores da Igreja do Porto. E fê-lo procurando associá-las no mesmo ato celebrativo. Assim, a sessão comemorativa de S. Francisco de Sales realizou-se na Capela dos Alfaiates, em honra de Nossa Senhora da Assunção, padroeira da Diocese e da Sé Catedral. A que se seguiu a visita à Associação de Proteção à Infância, fundada, em 7 de maio de 1903, por D. António Barroso, o “bispo dos pobres”.

Para celebrar o “Dia Voz Portucalense” em 4 de junho, escolheu o Santuário do Monte da Virgem, dedicado à Senhora da Conceição, padroeira da cidade do Porto e do Seminário Maior. Ao fazê-lo, quis lembrar também a grande devoção que D. António Barroso dedicava a Nossa Senhora. Ainda pequenino já se ajoelhava junto da imagem da Senhora da Boa Ventura ou Boa Fortuna, na pequena capela de S. Tiago de Moldes onde, de 1911 a 1914, ordenou muitas dezenas de padres do Porto, elevando-a a “Catedral do Exílio”. Subiu muitas vezes o monte sobranceiro à sua terra de Remelhe, para ir rezar à “Senhora da Franqueira”. Em 1908, presidiu à 1ª grande peregrinação àquele santuário mariano. Já como bispo do Porto, fez-se peregrino do santuário do Monte da Virgem, cuja pedra fundamental benzeu em 25 de junho de 1905. Aí se recolhia para meditar e rezar.

Também nós lá iremos rezar e, com Maria, pediremos a Deus que nos dê a Alegria de ver beatificado o Bispo do Porto que nos deixou um legado de santidade cuja memória perdura nos nossos dias.

Ainda nos enchem o coração as palavras do Papa Francisco, em Fátima: temos MÃE!...Em dia de Pentecostes, celebremos a Mãe no monte que lhe é dedicado.
(24-5-2017)