QUEM CONHECE ESTE MONUMENTO?
Para o apresentar, valho-me do livro “D. António Barroso fala nos seus monumentos” de José Adílio Barbosa
Macedo, que passarei a citar. Diz na página 198 “ Está assente numa plataforma
de granito e ergue-se numa estrutura quadrilateral, em bronze, com 2,50 metros
de altura e 85 centímetros de lado. Sugere intencionalmente, um alto “padrão” a
marcar a passagem do grande Missionário e Bispo por Angola, Moçambique, Índia e
Porto. No lado da frente aparece a figura de D. António Barroso. A sua mão direita aponta na direcção da
catedral, que ele tanto nobilitou com uma presença plena de bondade e caridade.
No lado oposto, vê-se um pelicano alimentando os filhotes com a própria carne,
com a legenda NON SIBI SED OMNIBUS= não
para si mas para todos. No lado direito, três cabeças como que emergindo de
um tufo de vegetação exótica, evocam a África, a Ásia e a Europa – os três
continentes onde ele exerceu a sua actividade pastoral ”.
Este monumento, da iniciativa de D. Armindo Lopes Coelho com
a colaboração da Câmara Municipal do Porto, quis celebrar o primeiro centenário
da entrada de D. António Barroso na diocese (1899-1999). Na sua inauguração
(2/8/1999), o Bispo do Porto, depois de elogiar o Mestre José Rodrigues, terminou dizendo: “Se há estrato social com
quem D. António Barroso se identificava, que tem razão para o recordar, que
teve motivo para o amar, que tem o direito de estar aqui presente na gratidão e
na saudade, que tem autoridade moral para lhe chamar o seu Bispo – o Bispo dos
pobres, o Bispo da bondade, o Bispo da santidade-, esse estrato social é o
Povo. Sintamos todos a alegria de ser Povo, o Povo que faz homenagem a D.
António Barroso”.
É significativo o local onde o monumento se ergue: Largo 1º de Dezembro, junto da
“Associação Protectora da Infância” criada pelo Bispo dos pobres. Mas é pouco visível a quem por lá passa. E é pena
até porque, com a reabilitação da antiga “Casa Pia”, será um lugar de muita
passagem.
A morte do seu criador (10/8/2016) e o 1º centenário do
falecimento do homenageado (1918-2018) não justificariam uma implantação com
maior visibilidade? O Mestre insigne
e o bom Bispo bem o merecem. E o
monumento também…
( 29-9-2016)
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