UM TESTEMUNHO APENAS...
“Quiseram os caprichos do calendário
litúrgico que a Páscoa coincidisse com o fim do primeiro ano de D.
António à frente da diocese do Porto”. Assim começava a “longa
entrevista” publicada pelo JN no Dia de Páscoa. Nela, D. António,
que chamou aos jovens “profetas de um Mundo novo”, afirma:“Somos
uma grande diocese em juventude”.
Lembrei-me, então, da carta que me foi
enviada pelos “Leigos para o Desenvolvimento”
e
me falava da veterinária que tratava as nossas gatas e foi como
voluntária para S. Tomé e Príncipe. Com vénia, alguns extratos:
“A
J. tem estado a acompanhar a formação dos educadores das creches de
Porto Alegre e Vila Malanza, a capacitar os educadores e
coordenadores a nível pedagógico, em contexto de trabalho. Tem
desenvolvido um trabalho bastante importante de capacitação da
equipa gestora do centro de Recursos Educativos que oferece vários
serviços à comunidade e ajudado os professores a realizarem uma
formação à distância que lhes permitirá a progressão na
carreira, melhorando desta forma também as suas condições de vida.
Esta é uma experiência que tem feito a J. refletir sobre os sonhos
e a realidade. Partilhamos como tem sido a sua vivência, através de
alguns excertos do seu testemunho. Era
uma vez um sítio mágico situado bem ao sul de uma ilha, na
localidade mais longínqua da capital. Esse sítio especial, nem
tinha espaço definitivo. Funcionava provisoriamente no gabinete de
um director também ele especial. Funcionava à custa da vontade
férrea de algumas pessoas e da boa vontade de outras. É que um dia
sonhou-se que nesta terra longínqua com energia de 4 horas por dia,
se conseguia criar um centro de informática. Conseguiu-se espaço
provisório. Conseguiu-se um computador. Conseguiu-se electricidade
24h/dia. Conseguiu-se 4 super-monitores, que, no final de um dia de
trabalho, se reúnem com alegria, cheios de vontade de partilhar o
que aprenderam com as 3 turmas que estão neste momento a frequentar
o centro.(…) Damos muitas coisas como adquirido. Mas não são. É
um privilégio trabalhar com estas pessoas que me ensinam todos os
dias o que é partilhar. (…) Por vezes acho que este sítio mágico
é, como eu, um aprendiz de viagens. Porque caminha para algum lado,
porque nem sempre acerta e muitas vezes erra, mas tem muita vontade
de não ficar simplesmente à deriva no meio do Atlântico.(...)”
Que magnífico testemunho! E como ele comprova as palavras do nosso
bispo...
Os
“Leigos para o Desenvolvimento” precisam de doadores que
apadrinhem os voluntários. Podem fazê-lo pelo telefone 21 757 42 78
ou para o NIB:
0010 0000 99759690 001 92.
“Um gesto de generosidade é uma motivação extra para
continuarmos empenhados num desenvolvimento comunitário de base
local, construído com pessoas e para pessoas”.
(6/5/2015)
0 Comments:
Enviar um comentário
<< Home