NASCEU PEQUENINA...
No dia “Europeu da Solidariedade e
Cooperação entre Gerações”, o Presidente da República agraciou
a Obra Diocesana de Promoção Social com o título de Membro
Honorário da Ordem de Mérito.
Que Obra é esta que, anualmente,
serve 215
mil pequenos-almoços, 580 mil almoços, 505 mil lanches, 125 mil
suplementos; trata 650 toneladas de roupa e cuja frota percorre 485
mil Kms? Que além dos centros sociais em doze bairros camarários e
seus “serviços centrais”, possui um armazém para
acondicionamento de géneros alimentícios e outros; uma lavandaria,
que trata e cuida de toda a roupa dos utentes e uma central de
costura? Que, para além dos muitos voluntários incluindo os órgãos
diretivos, é servida, atualmente, por 389 colaboradores?
Que,
no ano passado, celebrou as “bodas de ouro” da sua criação?
E vem-me à mente a imagem do grão de
mostrada de que fala o Evangelho de S. Mateus (13,31).
Assim foi a “Obra dos Bairros”, em
1964, gerada no
coração de D. Florentino de Andrade e Silva, Administrador
Apostólico da Diocese do Porto, durante o exílio de D. António
Ferreira Gomes, apoiada pelo humanismo cristão do Dr. Nuno Pinheiro
Torres, presidente da Câmara do Porto e animada pela dedicação e
saber de D. Julieta Cardoso, diretora do Instituto de Serviço Social
do Porto que foi sede inicial da Obra. D. António apadrinhou-a e
deu-lhe maior projeção convidando Francisco Sá Carneiro, então
líder da famosa “Ala Liberal”da Assembleia Nacional, e Fernando
Távora, já um arquiteto de renome e diretor da Escola de Belas
Artes do Porto. Os anos foram passando e a Obra foi crescendo com a
dedicação abnegada dos seus funcionários. Não sendo possível a
todos nomear, quero a todos envolver no nome da assistente social
Maria Augusta Negreiros, a primeira trabalhadora contratada pela Obra
e sua primeira assistente coordenadora.
Também
os voluntários deram grande contributo para este engrandecimento.
Porque impossível referir os seus nomes, limito-me àqueles que
foram presidentes da direção, após o reconhecimento oficial da
Obra em 1967: Victor Capucho (1967 -1971) , Maria Elisa Acciaiuoli
Barbosa (1971 -1982), Paulo Cunha (1982-1998), Bernardino Chamusca
(1998- 2004), Américo Ribeiro (a partir de 2004). E não pode ser
ignorado o apoio dos Prelados da Diocese que sempre a acarinharam e
seus assistentes eclesiásticos, nomeadamente Frei Bernardo Domingues
e P. Lino Maia.
Porque
nasceu para promover o desenvolvimento integral do homem como agente
da sua própria história, a Obra não seria possível se, desde a
primeira hora, não tivesse contado com o empenho dos moradores dos
bairros.
Com
seus colaboradores, a Obra Diocesana honra a Igreja, serve a cidade e
bem merece o título que lhe foi atribuído. Com ela me congratulo e
por ela dou graças a Deus.
( 27/5/2015)
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