Em três dias seguidos…
… Três vivências diferentes, a mesma conclusão.
Os factos. O primeiro deu-se no sábado, 19 de janeiro, em Milheirós de Poiares, onde um casal falou a pais e adolescentes sobre a vida em família. As situações gravitaram em torno de três perícopes retiradas da mensagem de Bento XVI no dia da Sagrada Família: 1 -“os pais se preocupem seriamente com o crescimento e educação dos filhos, para que maturem como homens responsáveis e cidadãos honestos”; 2 - ”a fé é um dom precioso a alimentar nos próprios filhos também com o exemplo pessoal; 3 - “cada criança seja acolhida como dom de Deus, apoiado pelo amor do pai e da mãe”. No final, uma síntese em quatro palavras: solidariedade entre todos (pais, filhos, irmãos) e em todos os momentos; gratidão para com Deus e uns para com os outros; osmose, o exemplo dos pais deve fazer com que os filhos absorvam, quase sem dar conta, os valores humanos e cristãos que lhes informarão a vida; confiança, com a certeza de que, se semearmos, os frutos, mais cedo ou mais tarde, irão aparecer, quem não semeia é que nada colherá.
O segundo aconteceu no domingo em Vila Real. Foi a celebração do 100º aniversário de uma amiga. Na Eucaristia, na Sé Catedral, D. Amândio, muito humano nas atitudes e nas palavras, realçou que a vida é dom de Deus. E acrescentou: “Deus tem sido generoso com D. Anaíza e ela tem sabido cuidar bem desse dom, pondo-o ao serviço da família, da comunidade e da Igreja”. No almoço, com uma centena de amigos, era visível a alegria da homenageada, do marido e da filha que de tudo fizera o seu enlevo. Foi um momento de gratidão por uma vida longa cuja fecundidade extravasou as paredes da casa e frutificou em gestos de bondade junto de amigos e vizinhos. Deu gosto ver a sua jovialidade e ouvi-la agradecer com um “até para o ano”…
O último teve lugar no mosteiro de Leça do Balio, na 2ª feira, onde um irmão presidiu às exéquias da irmã que “foi uma espécie de mãe para todos os irmãos”. Momento de forte comunhão espiritual e de sentida amizade com a tristeza a contrastar com a Fé na Ressurreição. A dor transparecia na emoção que embaciava a voz e os rostos de quantos participavam naquela cerimónia íntima, quase familiar. A Fé, bem presente na homilia, atingiu o auge quando o celebrante, no final da Eucaristia vivida em profundo silêncio, espontânea e inesperadamente começou a cantar “Ressuscitou, Aleluia! Onde está, ó morte, a tua vitória? E um coro de vozes emocionadas encheu a majestosa igreja gótica: Ressuscitou, ressuscitou, ressuscitou, Aleluia!
Conclusão. Estas vivências, embora diversas na sua expressão, convergem na afirmação da família como comunidade de amor e fé. Com os retalhos do nosso quotidiano, Deus e a família tecem a unidade que motiva e dá sentido à vida.
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