O Tanoeiro da Ribeira

quarta-feira, abril 24, 2013

Cuidado com os vigaristas!

São mesmo vigaristas e da pior espécie. Sem moral, sem escrúpulos e sem coração. Peço desculpa por voltar mais uma vez ao tema. Mas dói muito ver pessoas, que trabalharam toda a vida, ficar sem o ”pé-de-meia” que foram amealhando, sabe Deus com que sacrifício, e que lhes dava alguma segurança para o resto dos seus dias. Ainda em 9 de fevereiro, os jornais noticiavam: ”Idosa entregou 7 500 euros e ouro a falsos doutores da Segurança Social” Com a devida vénia, quero ser caixa-de-ressonância do JN de 3 de fevereiro que abria a primeira página com o título “POLÍCIAS TEMEM VAGA DE BURLAS CONTRA IDOSOS – Novas notas de 5 euros potenciam trocas fraudulentas”. Em duas páginas do interior, sobressaía um “ALERTA CONTRA BURLAS A IDOSOS COM NOVA NOTA”. Polícias, freguesias, associações previnem o aumento de ataques com a chegada da “série Europa” de 5 euros. Campanha em todo o país”. Depois de avisar que ”todos os dias há idosos burlados”, acrescentava que “o cenário piora com o anúncio da chegada das novas notas de 5 euros, em maio. É mais uma oportunidade para os que se dedicam a vigarizar pessoas de idade. Apresentam-se como funcionários da Segurança Social ou de outras instituições, usam o argumento de que as notas do euro vão perder validade e convencem as vítimas a entregar para “troca” todo o dinheiro que guardam em casa”. Realçava que “são indivíduos bem vestidos (muitas vezes de fato e gravata) e persuasivos. Normalmente atuam em duo e dizem ser funcionários da Segurança Social, CTT, bancários, médicos e até familiares dos idosos”. E fazia-se eco da informação do Banco de Portugal: “não haverá qualquer troca de notas para já” e, a haver, será ao nível dos bancos, “ninguém poderá apresentar-se junto de pessoas e dizer que realiza essa troca”. “As atuais notas de 5 euros não perdem a validade em maio. Serão retiradas de circulação gradualmente e só deixarão de ter curso legal em datas a anunciar pelo Banco de Portugal. Assim, serão emitidas em paralelo com as novas durante vários meses e poderão ser trocadas nos bancos “por um período ilimitado”. “Ambas têm valor e devem ser aceites pelas pessoas”. Gostaria de ver a Igreja –“mestra em humanidade”- associar-se, de forma pública e organizada, a esta campanha nacional, informando os idosos e prevenindo-os contra possíveis burlões. Este ato de caridade pode ser feito pelos sacerdotes nas missas e também pelos funcionários dos centros de dia e lares, vicentinos, ministros extraordinários da comunhão, catequistas e outros organismos que contactem com gente de idade. Caro leitor, se esclarecer e acautelar as pessoas das suas relações, prestar-lhes-á um bom serviço. Não podemos ficar indiferentes perante este flagelo que atinge os mais fragilizados pela idade e pela solidão.