ACADEMIA BEATO NUN'ÁLVARES
Ontem, quando jantava com o meu primo (mais-que-primo-irmão) Manuel Joaquim, que nessa tarde tinha chegado de Roma onde reside, ao falarmos sobre estes textos/memórias que tenho vindo a escrever, disse: - Então, anteontem, lembraste-te da Academia de Vilar. – Porquê, perguntei. – Porque foi o dia da festa do Beato Nuno. Este foi o contexto que me forneceu o pretexto para este texto que comecei a escrever no dia 8 de Novembro.
A Academia Beato Nun’Álvares era uma espécie de Associação de Estudantes no Seminário de Vilar frequentado pelos seminaristas do Porto, do 4º ao 7º Ano. A sua direcção era constituída pelo Reitor do Seminário, Dr. Moreira da Rocha, como presidente nato, e por três alunos (presidente em exercício, secretário e tesoureiro). Os representantes dos estudantes eram eleitos de entre os alunos finalistas, sem, à priori, qualquer interferência do Reitor, pelos seus condiscípulos. Nesse ano, fomos eleitos: eu, presidente; o Carneiro, secretário e o Alcino, tesoureiro. A Academia, com as verbas provenientes das colectas trimestrais que fazia junto dos alunos, era a responsável pela animação cultural do seminário que passava pela exibição de filmes alugados, festas (a que se chamava academias) com teatro, música, poesia que os alunos apresentavam com a presença dos seus familiares e outros convidados da cidade, e realização de outras actividades como palestras culturais, homenagens etc. A Direcção da Academia exigia muito trabalho que prejudicava o aproveitamento escolar, especialmente, do presidente, que, por princípio, deveria ser um aluno distinto. Razão tinha o Dr. Zacarias, professor de Biologia que, comentando uma minha nota de um teste, disse: - Pois é quando se vai para juiz da Confraria de Nossa Senhora da Pândega é o que acontece… Aprendi e, no final do ano, consegui obter a mesma classificação do ano anterior. Por isso, após o exame, quando eu com outros colegas, já de férias, púnhamos um chapéu na cabeça da imagem de Santo António no corredor do fundo, o Dr. Zacarias passou e disse-me: reza, reza, que ele é que te valeu! E riu connosco da nossa brincadeira. Licenciado pela Faculdade de Ciências do Porto, era um homem de vistas largas e de uma grande compreensão, era uma maravilha este Dr. Zacarias…
Da actividade da Academia, quero realçar/recordar apenas algumas peripécias.
O primeiro filme
* O Senhor Reitor aconselhou-me a ter cuidado com tipo de filme que ia alugar. Fomos à Pathé Baby (?), na rua de Santa Catarina. Falámos das nossas preocupações e, por conselho dos responsáveis da casa, alugámos um filme com o Abbot e Costelo porque, além deles, só entrava uma cabra. Quando cheguei ao Seminário, o Reitor perguntou-me que filme alugáramos e eu, todo descontraído, respondi: -Não há problemas, senhor Reitor. Só entram dois homens e uma cabra. Ele riu-se e, no dia da exibição, quando entrávamos no salão da academia, a rir, disse-me: - Cá vamos nós ver dois homens e uma cabra. E rimo-nos. O pior foi depois. O filme começou e logo surgiram no ecrã dois grupos de raparigas em exercícios de ginástica aquática. E, enquanto, a meu lado o Reitor se divertia, eu suava: - Ai que os tipos enganaram-me. Disseram-me que eram só dois homens e uma cabra e aparecem estas raparigas todas. O que vai sair daqui? Apeteceu-me pedir ao Reitor para mandar parar o filme. Mas aguentei até que as raparigas se foram embora e iniciou-se o filme. Com a minha preocupação nem reparei que as imagens iniciais faziam parte do documentário que costumava ser exibido antes do filme principal. Uff!... Ainda hoje sinto suores frios… Que susto!...
Academia do Carnaval
* Uma das Academias (creio que foi a do Carnaval, mas não tenho a certeza) foi preenchida com teatro, uma poesia dialogada à maneira dos Jograis de S. Paulo que estavam na moda e com o coro do Seminário a interpretar música tradicional portuguesa, recolhida por alunos e pelo Pe. Gabriel. A representação teatral, que incluiu também uma comédia, teve o seu auge com “A Muralha”. Este drama, que em Portugal teve Raul de Carvalho na figura do protagonista, gerou grande polémica, especialmente, em Espanha. O protagonista era um senhor da alta sociedade espanhola, Dom (já não me lembro do nome), homem muito rico que, de modo ilícito, se apropriara de grandes propriedades durante a Guerra Civil Espanhola. Acometido por uma angina de peito, confessou-se a um cura galego que, como condição para a absolvição, lhe impusera a restituição de todas essas propriedades. Todo o enredo se desenvolve no confronto, por vezes violento e dramático, entre ele que quer fazer o que lhe exigiu o cura e toda a sua família, mulher e filhos, que não querem ficar na miséria e dos amigos. A intensidade dramática atinge o seu clímax já no final quando o protagonista, com todas as pessoas que o contradiziam colocadas na sua frente em forma de muralha, diz, apontando para eles: “formou-se na minha frente uma muralha…” Nesse momento, cai fulminado por um novo ataque de angina de peito. Foi uma peça que marcou a minha experiência de actor amador.Simplesmente, extraordinária!...
Foi uma academia que nos deu muitas preocupações e dissabores. Combinei com os padres responsáveis a seguinte distribuição dos ensaios: o teatro ocuparia o intervalo após o almoço, o mais longo; a poesia seria ensaiada após o lanche, o intervalo mais curto; o coro ensaiaria após o jantar. Uma tarde, os alunos estavam na academia para ensaiarem a poesia e o Padre responsável pelo ensaio não aparecia. Fui à sua procura e encontrei-o a passear com os seus colegas, no recreio. Abeirei-me dele e, com modos educados mas não muito simpáticos, disse: “ Senhor Padre, estamos todos à sua espera para ensaiar”. O Dr. Marques, vice-Reitor, ao ouvir, repreendeu-me: - João não é assim que se pede um favor. – Não é um favor que estou a pedir porque, quando se assume um compromisso, não se pede por favor e o senhor Padre assumiu o compromisso de, após o lanche, ir ensaiar. O Dr. Marques e os outros padres presentes fizeram silêncio e o senhor Padre lá foi ensaiar. Noutro dia, foi com o Padre responsável pelo coro. Quando, após o almoço, o Alcino, tesoureiro da Academia, corria, como de costume, o recreio a chamar os alunos para o ensaio do teatro, o Padre disse-lhe que dois deles, do 4º ano, os mais novitos, não podiam ir porque ia ensaiar o coro. O Alcino respondeu-lhe: Eu obedeço ao presidente e não ao ensaiador (só que o presidente era um aluno e o ensaiador era um padre…) E os pequenitos, fingindo não terem ouvido, esgueiraram-se para o salão do teatro. Já o ensaio decorria, quando o Freitas Soares me veio dizer que o Padre estava furioso e que mandava os dois alunos irem para o coro. Nessa altura, saltei abaixo do palco onde ensaiava e dirigia-me para a porta para ir falar com o senhor Padre quando este me apareceu muito nervoso. Calmamente perguntei-lhe: Senhor Padre, o que é que nós combinámos? Não foi que o ensaio do Coro era à noite e a esta hora seria o teatro? - Foi, mas logo à noite eu não posso, respondeu. – E a quem o disse? Falou comigo? Os rapazes não saem dali onde estão a ensaiar. Então ele resmungou: - Pois é, nós queremos ajudar-vos e vós não colaborais. Se é assim, eu não ensaio mais. - Agradeço o seu apoio, mas isso não lhe permite fazer o que lhe apetece. Se não ensaiar, o Coro não actuará na Festa. E como o programa já está impresso, eu terei de informar a assistência do que se passou. E o senhor Padre saiu do salão e não cumpriu a promessa. O P. Delgado (o responsável pelo ensaio do teatro), quando chegou e soube o que acontecera, deu uma gargalhada: - ah!...ah!...!ah!...e comentou: - Bonito… muito bem feito!
Homenagem a Cícero
* A propósito dos 2 000 mil anos da morte de Cícero (faleceu em 43 a.C.), resolvemos realizar uma sessão de homenagem a esse grande escritor latino. O Senhor Reitor, formado em Clássicas pela Universidade de Coimbra, nosso professor de Grego, deu-nos todo o apoio. Para essa sessão foram convidadas as pessoas mais ligadas à cultura na cidade. O Justiniano foi encarregado de fazer um discurso em latim sobre o Cícero. Na véspera da homenagem, o Senhor Reitor, um grande humanista, homem muito marcado pelas praxes coimbrãs e muito respeitador da autonomia das associações dos estudantes, chegou à minha beira e disse-me: - João, prepare-se porque amanhã vai presidir à sessão. – Porquê, senhor Reitor? Não está presente? E o senhor Vice-Reitor?, perguntei. – Eu estarei presente e por isso o senhor vice-Reitor não me vai substituir. Trata-se de uma iniciativa dos estudantes, por isso é o seu representante que vai presidir. No dia, antes da sessão, os três da Direcção fizemos uma festa a experimentar os cadeirões de veludo vermelho onde nos iríamos sentar. No início da sessão, quando os reposteiros do palco se abriram e os alunos viram que éramos nós a presidir (não havia memória de tal coisa), as palmas encheram o salão, enquanto os padres se entreolhavam, espantados. Passados uns dias, na aula de Filosofia, cujo professor era o Vice-reitor, quando um aluno usou a palavra presidir, o Dr. Marques disse: - Por favor não fale em presidir porque quem sabe disso é ali o João. Eu, serenamente levantei-me e, muito reverencialmente , agradeci: - “ Muito obrigado, Senhor Vice-Reitor.
Em assuntos académicos…
Nas festas da Academia, a entrada era por convites e estava reservada a familiares ou a outras pessoas que a Direcção ou os Padres quisessem convidar. Tínhamos sempre alunos que assumiam as funções de “arrumadores”. Um que sempre me pedia para exercer esse trabalho era o Bernardo. Numa das Academias, pediu-me também dois bilhetes para umas “primas” de Vila Nova de Cerveira. Muito em segredo, disse-me que não eram bem primas… Segredei-lhe que ignorava e, que para mim, elas eram suas primas. Uns dias depois da festa, ele queria agradecer-me e falar especialmente de uma prima, mas ninguém podia ouvir. Durante uma tarde, eu subi do corredor do fundo onde ficava o meu quarto ao corredor do meio onde era o quarto do Bernardo. O que fiz era absolutamente proibido. Entrei no seu quarto mas deixei a porta aberta. Quando estávamos na conversa, entrou o Pe. Alcindo que era o perfeito desse corredor e perguntou-me: - O que faz o João por aqui a esta hora? – Assuntos académicos, senhor Padre. – Posso saber de que se trata? – Peço desculpa mas em assuntos académicos só posso informar o senhor Reitor, respondi muito serenamente. E o senhor Pe. Alcindo, com um sorriso amarelo, deu meia- volta e eu continuei a falar com o Bernardo. Atrevimentos e irreverências da juventude.
O hastear da Bandeira Nacional
* A bandeira nacional estava guardada no gabinete da Academia e eu era o responsável pelo seu hasteamento nos dias feriados. Após o pequeno almoço, subia ao telhado do seminário onde estava o mastro. Mas nunca ia só, havia sempre colegas que queriam ir comigo. (e eu, para evitar problemas, só levava um de cada vez…) Porquê? Porque, lá de cima, via-se para o “nabal”. O “nabal” era o colégio de freiras que existia, e existe, do outro lado da rua ( foi para este colégio que veio a Lúcia quando saiu de Fátima, antes de ir para Tui). Às suas alunas nós chamávamos “nabiças” (deturpando o termo noviças). E as nabiças existem no nabal. Era um regalo para os olhos: tantas meninas que, a essa hora, estavam no recreio!...
Academia da Despedida
* No final do ano, realizámos a Academia de Despedida do Seminário. Efectuou-se no dia 8 de Junho de 1958 (nunca esquecerei esta data porque coincidiu com as eleições para a Presidência da República em que o General Humberto Delgado era o candidato da Oposição contra o candidato do regime, da União Nacional, Almirante Américo Tomás- essa a razão por que o meu pai não assistiu à nossa festa: lá estavam a minha mãe, os meus dois irmãos, a madrinha da Quintã e o tio Domingos.). Na véspera, como de costume, tive de ir ao centro da Cidade buscar os adereços necessários para o teatro: as cabeleiras ao senhor Gomes da rua Formosa e a roupa ao senhor Valverde na rua de Santo Ildefonso. Porque, com as eleições, os ânimos anti-clericais andavam muito aquecidos, resolvemos que eu iria sozinho para não dar muito nas vistas. Quando, de batina, ia a sair do seminário, o Dr. Marques perguntou-me aonde eu ia. Quando expliquei o que ia fazer, disse: - E não tens medo? – Eu, não. Estou prevenido. E, sem mais dizer, tirei uma pistola do bolso e apontei-a para os seus pés. O Dr. Marques, assustado, berrou: - És maluco!... Vira para lá isso! E eu virei e expliquei-lhe que era a pistola de alarme que nós usávamos nas representações teatrais.
Ao projectarmos a festa, resolvemos cometer a ousadia de apresentarmos uma academia em que tudo fosse original e da nossa autoria. Os músicos e os poetas começaram a produzir. E o Zé Felismino escreveu um drama. Os ensaiadores, actores e os cantores (o hino da despedida foi cantado pelos 35 alunos do curso) eram exclusivamente do nosso ano. E, no dia, o programa-convite, que oferecemos ao convidados e de que aqui apresento uma adaptação , assim rezava:
O programa da Sessão de Despedida, constituído por poemas, músicas e teatro, tem como autores alunos finalistas
1ª PARTE
I – Hino da Academia
II – Na hora da despedida – discurso por João Alves Dias
III – Toque das Ave-Marias – coro a 3 vozes
Mús. de José Belarmino
Letra de José Felismino
IV – Alpinistas de Deus – poesia de Joaquim Moreira Branco, por Elisário Dias de Sousa
V – Actividades Académicas – por Alcino Gomes
VI – Gorjeio Matinal – coro a 3 vozes
Mús. de José Belarmino
Letra de J. Alves Dias
VII – Soldados de Cristo – poesia de Elisário Dias de Sousa, com música de José Belarmino
VIII – Encerramento
IX – Hino de despedida – a 2 vozes
Mús. de J.A.Freitas Soares
Letra de Elisário D. de Sousa
“ Saudade e gratidão
Eis a nossa despedida.
Saudade porque nos vamos,
Gratidão por toda a vida.”
2ª PARTE
DEUS ESCREVE DIREITO
Drama em 2 actos
de José Felismino Marques da Cruz
PERSONAGENS
D. CAMILO, conde de Marialva – J.Alves Dias
AMADEU – José Felismino Marques da Cruz
DANIEL, criado do conde – Joaquim Branco
ABADE, Pe. MANUEL – Elisário Sousa
JOAQUIM, criado do Abade- Avelino Ricardo
ARTUR, ladrão – Manuel Correia
JOÃO, ladrão – José Bernardo
JORGE, negociante – António de Brito
JOSÉ, negociante – Cristiano Coelho
FRANCISCO, aldeão – António Peres
Ponto – Carneiro Dias
N.B.
Nos intervalos, JOSÉ BELARMINO interpretará, ao piano, música da sua autoria
A festa de despedida foi um êxito, o pior veio depois…
Despedida dos amigos
* Á medida que íamos fazendo as provas orais do exame final, muitos dos “35 soldados e todos que bem armados…” como dizia uma poesia da nossa Festa, comunicavam-nos que iam abandonar o seminário. Se alguns o faziam por vontade própria, muitos outros era porque foram expulsos devido, não a uma causa específica, mas por um complexo de motivos. Nós já perguntávamos uns aos outros: - também tens complexo? Lembro apenas alguns dos que, nesse ano, saíram do seminário: José Felismino, José Belarmino, Alcino, Cristiano, Matos Pinho, Bernardo, Ribeiro Soares. Porque quase todos esses alunos eram nós condiscípulos já desde o primeiro ano, decidimos realizar um almoço de despedida que foi marcado para o fim do retiro que iríamos fazer na primeira semana de Agosto. Como eu era o chefe do ano, liderei a organização desse encontro, tendo incumbido o Loureiro, sobrinho do Pe. Leão, capelão do Colégio do Sardão, de saber o preço num restaurante no Monte da Virgem. Durante as férias soube que a intenção subjacente ao nosso encontro fora deturpada pelos padres que dele tiveram conhecimento e agora ele era visto como um acto de protesto e represália contra o Seminário. Para evitar problemas, eu, logo no início do retiro, aproveitei o facto de o Loureiro me informar que cada almoço custaria 50$00, para convocar uma reunião. No recreio, subi a um banco de pedra e propus aos colegas que, devido ao preço elevado do almoço, este ficasse sem efeito. E assim foi decidido com a concordância de todos. E para mim era assunto resolvido. No final do retiro, quando me fui despedir do Senhor Reitor, ele mandou-me fechar a porta e, com lágrimas nos olhos, disse: - O cavalheiro (era assim que tratava os alunos quando queria repreendê-los) atraiçoou-me.. Fiquei estupefacto e muito chocado por ver a sofrer uma pessoa que eu tanto estimava e que tanto confiava em mim. Perguntei: - Mas o que é que eu fiz, Senhor Reitor? Fez silêncio… E eu acrescentei: - Se é por causa do almoço, devo informá-lo que já o desmarquei com o pretexto de ser muito caro. Mas quero dizer-lhe que a nossa intenção não era pôr o seminário em causa, mas apenas testemunhar a nossa amizade aos colegas com quem convivêramos durante sete anos. O senhor Reitor já me conhece há muitos anos e, por isso, tem a certeza que eu nunca faria nada que estivesse contra a sua vontade. Nunca fui ingrato na vida e o senhor Reitor sempre mereceu a minha estima porque também sempre me estimou. Posso penitenciar-me por, previamente, não lhe ter pedido autorização para a realização do almoço, mas nunca imaginei que a nossa intenção pudesse ser deturpada. Não pensei que houvesse mentes tão retorcidas que pusessem má intenção onde havia apenas amizade e sinceridade. Quem o informou, informou mal e deturpou os nossos sentimentos que eram honestos e humanos., foi mal intencionado. Ele ouviu-me e, já com um rosto mais aberto e um semblante mais desanuviado, disse: - O senhor D. António estava na disposição de expulsar todo o curso, se persistissem na realização do almoço. Então, pedi-lhe autorização para falar com o senhor Bispo a fim de o esclarecer e não deixar qualquer dúvida. Respondeu-me que não era preciso porque ele próprio iria falar com o Senhor D. António.
E o assunto morreu aqui e apenas ficou comigo, pois eu não disse nada disto aos
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