A SEMENTE FOI LANÇADA...
A paróquia de Nossa Senhora do Calvário está em
festa.
Situada no vale do rio Tinto em Campanhã, o seu território desenvolve-se, quase totalmente, entre a Circunvalação e a linha férrea Minho-Douro. Era terra de campos e pinhais, atravessada pela estrada Porto-Vila Real. Nos anos cinquenta, foi ocupada por cinco bairros sociais: dois do Estado - S. Roque da Lameira e Salazar -, dois camarários - Cerco do Porto e S. Roque da Lameira - e um da PSP. Muita gente numa zona onde a Igreja não tinha qualquer centro de culto, apenas a memória dum antigo calvário. Eram, em grande maioria, moradores “transplantados” das “ilhas” do Porto.
D. Florentino criou a “Obra dos Bairros” e o seu “sacerdote responsável” foi morar no bairro do Cerco para se fazer “próximo” destas “ovelhas sem pastor” e lançar os alicerces da paróquia. Foi em 1964. E a paróquia nasceu em 1967.
Situada no vale do rio Tinto em Campanhã, o seu território desenvolve-se, quase totalmente, entre a Circunvalação e a linha férrea Minho-Douro. Era terra de campos e pinhais, atravessada pela estrada Porto-Vila Real. Nos anos cinquenta, foi ocupada por cinco bairros sociais: dois do Estado - S. Roque da Lameira e Salazar -, dois camarários - Cerco do Porto e S. Roque da Lameira - e um da PSP. Muita gente numa zona onde a Igreja não tinha qualquer centro de culto, apenas a memória dum antigo calvário. Eram, em grande maioria, moradores “transplantados” das “ilhas” do Porto.
D. Florentino criou a “Obra dos Bairros” e o seu “sacerdote responsável” foi morar no bairro do Cerco para se fazer “próximo” destas “ovelhas sem pastor” e lançar os alicerces da paróquia. Foi em 1964. E a paróquia nasceu em 1967.
D. António Taipa, que aí fez estágio diaconal,
carateriza assim os tempos da sua criação: “Estávamos na década de sessenta do
século passado. Tomava forma um enorme entusiasmo nascido e sustentado por uma
forte esperança no Vaticano II cujos documentos, começavam a aparecer em letra
de forma. Constituições. Decretos. Declarações. Respirava-se novidade. Um tempo
novo. Uma primavera abençoada. A abertura da Gaudium et Spes (As alegrias e as esperanças, as tristezas e as
angústias dos homens do nosso tempo, sobretudo dos pobres e de todos os
aflitos, são também as alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias dos
discípulos de Cristo) constituía-se numa mola impulsionadora duma Igreja em
renovação, duma igreja-povo, pobre, mais próxima daqueles com quem o seu
fundador se identificou, os deserdados deste mundo. Uma Igreja “em saída”, uma
Igreja pobre para os pobres, como tantas vezes nos proclama, hoje, o nosso
querido Papa Francisco” (No Princípio foi
assim…”).
E a raiz fez-se árvore…
A propósito da celebração das “bodas de ouro”, o
pároco atual, cónego Fernando Milheiro, escreveu: “Bem original o início da Paróquia!
O Bispo mandou um padre para conhecer e acompanhar um povo das periferias. No
decurso da vida, sentiram a necessidade de encontros… uma escola da Fé. Os espaços são as casas e a escola… só depois
aparecem uma e outra capela: Senhora da Paz e Senhora do Calvário. A Paróquia
nasce como Igreja no meio das casas e
com a força de família de famílias. Os cristãos são reconhecidos como gente que
acolhe e acompanha, serve e partilha. Milhares de pessoas aqui caídas sentem
que a Igreja ali é diferente. Aproximam-se e colaboram cada um à sua medida.
Não é outra Igreja, mas uma Igreja outra,
menos pesada mas mais feliz. Esta
intuição ainda palpita ”.
Parabéns a quantos ajudam a manter vivo o projeto
original duma Igreja próxima, pobre entre pobres…
(5/7/2017)
0 Comments:
Enviar um comentário
<< Home