NO "LARGO DOS AFECTOS"
“Terminar
no Porto as cerimónias de posse iniciadas em Lisboa é uma homenagem simbólica à
cidade, ao seu passado, ao seu presente e ao seu futuro. Pela sua história, com
o Porto aprendemos liberdade, democracia, resistência, convivência. Pelo que
hoje vemos e sentimos, percebemos dinamismo, inovação, cultura e ciência. Por
tudo – passado e presente- acreditamos num futuro de grandeza, diferença,
vitalidade, juventude. Por tudo – o Porto é futuro”.
Estas palavras do Supremo Magistrado da Nação
são incentivo para uma cidade que, ainda há pouco, como canta Rui Veloso, se
sentia “ abandonada” na “altivez de milhafre
ferido na asa”(Porto Sentido). A
autoestima saiu reforçada com as palavras do nosso Bispo, D. António:”O Porto é
cidade com alma modelada por trabalho, caráter, liberdade e fé. É esta cidade
que o senhor presidente visita. Afirma, assim, a sua homenagem a esta alma do
Porto e ao espírito solidário, empreendedor e leal dos portuenses. Daqui abre
caminho mais amplo ao futuro de Portugal e ao desíngio da sua missão ao serviço
dos portugueses”(JN 11/3/2016).
O Porto, “de
algum modo, berço da liberdade e da democracia”- a cidade dos afetos- soube
agradecer a homenagem do “Presidente dos Afetos”. E o Cerco do Porto, o bairro
da minha afeição, caprichou ao recebê-lo em festa , no “Largo dos Afectos”, ao
som do “hip hop” do grupo OUPA, formado
por jovens do bairro, por entre palmas e abraços. E o Chefe de Estado
extravasou a sua emoção ao juntar-se ao grupo e improvisar rap:”Aqui, no bairro
do Cerco, e onde está a sua gente, estará sempre o presidente”. O seu carinho
foi-se expressando também em pequenos gestos como quando pegou num menino ao
colo e disse: - Dá cá um abraço. Como te chamas? – Francisco. – É como o meu
neto. É o nome de que mais gosto …”
E a sua
presença terminou no centro social do bairro, o primeiro edifício construído
pela Câmara do Porto para a Obra Diocesana de Promoção Social. Foi a chave de
ouro para um presidente que elegeu os afetos como matriz do seu mandato. Estava
numa instituição que nasceu, em 1964, do coração afetuoso dum bispo, D.
Florentino, e que, neste ano assumira “Os afetos numa solidariedade dinâmica” como seu projeto educativo.
Em
jeito de homenagem, gostaria de lembrar o testemunho do Dr. Francisco Sá
Carneiro, em 1973, numa reunião da direção da Obra Diocesana a que pertencia:
“Isto está a mudar por dentro. Um filho do ministro Rebelo de Sousa está do
nosso lado. Chama-se Marcelo. É um jovem muito inteligente e de bom caráter”. (Nos Alvores da Obra Diocesana).
Que
o novo Presidente da República, Professor Marcelo Rebelo de Sousa, seja um
construtor da paz como lhe pediu o Santo Padre aquando da sua visita ao
Vaticano. Assim o desejamos e esperamos.
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