Aqui há santidade (II)
Celebrar
a gratidão é, hoje, um modo fecundo de semear a esperança. (D.
António Francisco)
Notas
biográficas de D. António Barroso
21/2/
1899 - É nomeado bispo do Porto.
2/8/1899
- Vindo de comboio de Lisboa, é aclamado pela multidão em Campanhã.
Acompanhado por 130 carruagens, segue até à igreja de Santo
Ildefonso onde se inicia o cortejo a pé até à Catedral.
23/4/1901
- Na sequência do famoso “caso Calmon”, vai, em nome do
episcopado, entregar ao rei D. Carlos uma carta coletiva onde se
expõe o pensar da Igreja sobre as congregações religiosas.
Transforma-se num alvo a abater pela sanha anticlerical.
24/12/
1910 - É publicada a Pastoral Coletiva assinada pelos bispos
portugueses mas o Governo proíbe a sua leitura
2/3/
1911 – D. António escreve uma carta em que defende a leitura dessa
Pastoral. E, logo no dia 7, o Governo destitui-o das funções de
bispo do Porto e proíbe-o de entrar em qualquer lugar da diocese.
Começa o exílio no Colégio de Cernache donde passará para Remelhe
12/6/
1913 - É julgado no tribunal de S. João Novo por ter vindo a
Custóias (Matosinhos) ser padrinho de batismo, em representação do
papa Pio X. É absolvido.
3/4/
1914 - Amnistiado, regressa, discretamente, à diocese e vai viver
para o Paço de Sacais. No dia seguinte, celebra Solene Te Deum na Sé
Catedral.
7/8/
1917 - É condenado a dois anos fora da diocese e dos distritos
limítrofes, por ter autorizado três senhoras de uma associação
religiosa a viverem juntas em Vila Boa de Quires. Este segundo exílio
passa-o em Coimbra.
20/12/
1917 - Anulado o castigo, regressa ao Paço de Sacais onde morre a 31
de agosto de 1918.
Notas
de imprensa - No dia da morte, a imprensa enalteceu-o. A
caridade exerceu-a tão largamente, como o seu coração lho pedia. O
preceito do Evangelho recebeu do ilustre Prelado a máxima
consagração
(O Primeiro de Janeiro);
O
paço episcopal do Porto passou a ser o doce refúgio de quantos
desventurados se acolhiam sob a protecção de D. António Barroso.
(O Comércio do Porto). O periódico “A Ilustração Católica”
aconselhava: Escrevei
na memória o seu nome e lembrança/E guardai para a vida a sua bela
herança/De piedade, orações e sorrisos de Pai.
No
“Dia da Voz Portucalense” deste ano centenário do regresso de D.
António Barroso do exílio em 1914, vamos lembrar a
sua bela herança
e rezar para que se realizem as condições humanas e eclesiais que
possibilitem a proclamação oficial da sua santidade como exemplo
universal de vida cristã.
O
Santo Padre diz que a
alegria evangelizadora refulge sempre sobre o horizonte da memória
agradecida.
Dar graças a Deus e rezar pela beatificação de D. António Barroso
é sinal da memória
agradecida
da Igreja do Porto e um
modo fecundo de semear a esperança.
( 3/12/2014)
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