ORAÇÕES - UNIDOS NA FÉ
Este é o título das 18 pagelas, com uma pintura famosa, uma oração e uma reflexão, que o Jornal de Notícias, com o patrocínio da Irmandade dos Clérigos, publicou nos domingos entre o Natal e a Páscoa, com a seguinte sequência:
28/12 - Oração Pela família; 05/01 - Oração Estrela do Oriente; 12/01 - Oração do Batismo; 19/01 - Oração do Jubileu; 26/1 - Oração VI Domingo da Palavra de Deus; 02/02 - Oração do Dia do Consagrado; 09/02 - Oração do Abandono; 16/02 - Oração de São Francisco pela Paz; 23/02 – Oração Consagração a Nossa Senhora, 02/03 – Oração Magnificat; 09/03 - Oração do Anjo da Guarda; 16/3 - Oração a São José; 23/3 - Oração Angelus (às Trindades); 30/03 - Oração da Alegria; 06/04 - Oração da Quaresma; 13/04 - Oração de Domingo de Ramos; 20/04 - Oração para o Dia de Páscoa.
Fazendo-me eco desta louvável iniciativa, respiguei três orações que partilho convosco: a primeira é de Miguel Torga, o poeta cuja vida se jogou entre o menino religioso de S. Martinho de Anta, a sua ‘Agarez ‘analfabeta, e o intelectual agnóstico de Coimbra, a sua ‘Agarez’ alfabeta; a segunda, do Papa Francisco; a terceira, de Charles de Foucauld, o apóstolo que viveu e morreu entre os Tuaregues, em pleno deserto Saara, na Argélia.
Oração Estrela do Ocidente
“Por teus olhos acesos de inocência /Me vou guiando agora que anoitece /Rei Mago que procura e desconhece /O caminho.
Sigo aquele que adivinho /Anunciado /Nessa luz só adivinhada, /Infância humana, humana madrugada.
Presépio é qualquer berço /Onde a nudez do mundo tem calor /E o amor /Recomeça.
Leva-me, pois, depressa, /Através do deserto desta vida, /A Belém prometida…/ Ou és tu a promessa?” (Miguel Torga, Coimbra, Natal de 1959)
Oração da Alegria
‘Virgem e Mãe Maria, Vós que, movida pelo Espírito acolheste o Verbo da vida, na profundidade da vossa fé humilde, totalmente entregue ao Eterno, ajudai-nos a dizer o nosso «sim» perante a urgência, mais imperiosa do que nunca, de fazer ressoar a Boa Nova de Jesus. (…)
Vós, que permanecestes firme diante da Cruz com uma fé inabalável, e recebestes a jubilosa consolação da ressurreição, reunistes os discípulos à espera do Espírito, para que nascesse a Igreja evangelizadora. Alcançai-nos agora um novo ardor de ressuscitados, para levar a todos o Evangelho da vida que vence a morte.
Dai-nos a santa ousadia de buscar novos caminhos para que chegue a todos a dom da beleza que não se apaga.
Vós, Virgem da escuta e da contemplação, Mãe do amor, esposa das núpcias eternas, intercedei pela igreja, da qual sois o ícone puríssimo, para que ela nunca se feche nem se detenha na sua paixão por instaurar o Reino.
Estrela da nova evangelização, ajudai-nos a refulgir com o testemunho da comunhão, do serviço, da fé ardente e generosa, da justiça e do amor aos pobres, para que a alegria do Evangelho chegue até aos confins da terra e nenhuma periferia fique privada da sua luz.
Mãe do Evangelho vivente, manancial da alegria para os pequeninos, rogai por nós.” (Papa Francisco)
Oração do Abandono
“Meu Pai, eu me abandono a Ti, faz de mim o que quiseres. O que fizeres de mim, eu Te agradeço. Estou pronto para tudo, aceito tudo, desde que a Tua vontade se faça em mim e em tudo o que Tu criaste, nada mais quero, meu Deus. Nas tuas mãos entrego a minha vida. Eu Ta dou, meu Deus, com todo o amor do meu coração, porque Te amo e é para mim uma necessidade de amor dar-me, entregar-me nas Tuas mãos sem medida, com uma confiança infinita, porque Tu és meu Pai!“ (São Charles de Foucauld).
Reflexão
Escolhi a pagela “Tempo do Natal” que nos introduzia no mistério do ‘Jubileu da Esperança’ – Ano Santo de 2025.
“O arco da esperança cristã está lançado entre dois polos: o nascimento de Jesus, princípio de salvação, e a Sua vinda, no fim dos tempos, a nossa meta. É na contemplação deste mistério da adoração do menino Deus, do Seu nascimento, que percebemos que não podemos viver numa esperança que nasce na esperança de cabeça baixa, voltada para o umbigo, com palavras para os próprios ouvidos. O Natal será sempre o nosso verdadeiro anseio em encontramo-nos, um dia, com o nosso Senhor e Salvador.”
Termino com uma palavra de louvor ao Jornal de Notícias e à Irmandade dos Clérigos que souberam dar as mãos e oferecer ao grande público este convite à oração. (23/7/2025)
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