ARTE NA RUA
Há dias, subi à “Fábrica Social” para visitar a
exposição coletiva com o título: 80 anos
/ 80 interpretações de José Rodrigues, que poderá ser vista até 18 de
fevereiro. Vale a pena, dado o valor dos artistas presentes e a variedade das
expressões plásticas. Justa homenagem que o “Mestre” bem merece.
Tomei conhecimento, então, do livro José Rodrigues – Esculturas na cidade do
Porto, apresentado em 28 de outubro - 80º aniversário do seu nascimento -
que nos convida a segui-lo pela cidade.
Logo a abrir, Laura Castro afirma que “Entre as
muitas características que lhe reconhecem, a disponibilidade é talvez uma das
mais importantes.” Depois de enumerar as muitas vertentes dessa
disponibilidade, acrescenta: “Acima de todas, a disponibilidade para a criação
numa obra imensa e dispersa que o
levou a classificar-se como um especialista,
mas apenas na vontade de transformar.
Essa sua obra imensa
também se dispersa pela cidade do
Porto. O livro enumera as seguintes: “Esculturas
em bronze e ferro de várias fases do Mestre, na Fábrica Social;
O Guardador do Sol, na Faculdade de
Belas Artes, 1963; A Menina, na
Faculdade de Belas Artes, 1972; Monumento
a D. António Barroso, no Largo 1º de Dezembro, 1999; Homenagem ao Duque da Ribeira, no Cais da Ribeira, 1995; O Cubo, na Praça da Ribeira, 1983; Homenagem a Joaquim D’Oliveira Martins,
na Rua de Águas Férreas, 1995; Homenagem
a Mário Cal Brandão, na Rua Rodrigues Sampaio, 1996; Monumento ao General Humberto Delgado, na Praça de Carlos Alberto,
2008; Ícaro, na Sociedade Portuguesa
de Autores, 1999; Ícaro, na Escola
das Virtudes, 2006; Monumento a Ferreira
de Castro, na Foz do Douro, 1988; Monumento
ao Empresário, Av. da Boavista, 1992; Panteras,
no Estádio do Bessa, 2003; Feixe, na
Portugal Telecom, 1989-90; ADN, no
Hospital Magalhães Lemos, 1970; O
Obelisco, na Faculdade de Economia da Universidade do Porto, 1974; Anjo Protector da Cidade, no Mercado
Abastecedor do Porto, 2005; Memorial a
Eugénio de Andrade, no Passeio Alegre, 2005.
Que belo passeio para quem tem gosto pela arte!... E
quem o não tem?
Não podendo transcrever todas as descrições das
esculturas, apresento-vos, com vénia, uma pequena perícope a respeito do Monumento a D. António Barroso: “José
Rodrigues optou por uma indicação sintética das vertentes fundamentais da acção
de D. António, a acção missionária (em Angola e Moçambique), e o bispado (Himéria,
Meliapor e no Porto). Utilizando a forma paralelepipédica como matriz e
evocação de marco ou padrão (…) Numa das faces, a figura do clérigo surge do
fundo, em baixo-relevo (pensativo e determinado como sugere o gesto indicador
da mão direita) ”.
É mais um apelo à contemplação de tão significativa
criação do Mestre José Rodrigues.
(0/11/2016)
0 Comments:
Enviar um comentário
<< Home