Pastoral da ternura
“Como a mãe que acalenta os filhos que anda a criar, assim nós também, pela viva afeição que vos dedicamos, desejaríamos partilhar convosco a própria vida, tão caros vos tínheis tornado para nós”.
Foi desta forma carinhosa que, faz hoje um mês, ouvimos S. Paulo dirigir-se aos cristãos de Tessalónica, precisamente, no domingo que mediou entre a morte e as exéquias do P. Salgueirinho. Nada mais a propósito. Acaso? Providência?
Deus agraciou o P. Salgueirinho com os dons da palavra e da ternura que ele pôs ao serviço da Igreja e da Humanidade.
Quem com ele conviveu jamais esquecerá a afabilidade do seu rosto; quem ouviu a sua “Oração da Manhã” sentiu a doçura do seu dizer; quem leu os seus textos deixou-se maravilhar pela poesia das suas palavras. Era terna a sua escrita e meiga a sua voz.
Como lhe sorriam os olhos quando acariciava uma criança! É bem verdade que “quem meu filho beija minha boca adoça”. E os pais guardavam para sempre a memória desse sacerdote que se emocionava com o sorriso de um bebé. Logo que soube da sua morte, um pai, cujo filho ele acarinhara, apressou-se a enviar um sms: “sinto convosco a partida deste amigo”. E três rosas, bem sentidas, velaram aos pés do seu caixão…
O meu primeiro encontro com o P. Salgueirinho deu-se, era eu ainda jovem, no Bom Jesus de Barrosas, numa família que lhe queria como a um filho. Depois, ao longo dos anos, rezei com a sua “oração da manhã” da Rádio Renascença. Como lhe agradeço esses momentos que me iluminavam o dia.
Habituei-me ao “Vitral” com que nos deliciava na Voz Portucalense. Que beleza de forma e que riqueza de conteúdo!...
Encontrei-o muitas vezes na livraria Voz Portucalense porque ele manteve o hábito de a frequentar, diariamente, mesmo depois de, a seu pedido, ter deixado a Direcção. Costume esse que também era seguido pelo seu colaborador, Dr. Idalino Vaz Ferreira, que faleceu uns dias antes do P. Salgueirinho. Bons hábitos que todos apreciavam. Gostávamos de o tratar, carinhosamente, como “director-emérito”! Como eram sábias as palavras saídas da sua boca! Da sua última conversa comigo retive uma lição que partilho convosco: “há três defeitos que crescem com a idade: a avareza, a vaidade e a desconfiança. Temos de estar atentos “.
Como sabia ajudar quem trilhava caminhos de calvário! Ele próprio escreveu a propósito de um jovem “que no fim de alguns anos de sofrimento intenso, partiu para a eterna luz de Deus. (…) A oportunidade de nos conhecermos surgiu. Abracei-o e dei-lhe palavras de esperança. Jamais esqueci aquele rosto cândido e afável”. Como ele apreciava a afabilidade!
Foi um bom amigo e um semeador de esperança. A ternura era a folha de ouro com que debruava toda a sua vida.Muito obrigado, P. Salgueirinho! E que o seu exemplo frutifique.
Foi desta forma carinhosa que, faz hoje um mês, ouvimos S. Paulo dirigir-se aos cristãos de Tessalónica, precisamente, no domingo que mediou entre a morte e as exéquias do P. Salgueirinho. Nada mais a propósito. Acaso? Providência?
Deus agraciou o P. Salgueirinho com os dons da palavra e da ternura que ele pôs ao serviço da Igreja e da Humanidade.
Quem com ele conviveu jamais esquecerá a afabilidade do seu rosto; quem ouviu a sua “Oração da Manhã” sentiu a doçura do seu dizer; quem leu os seus textos deixou-se maravilhar pela poesia das suas palavras. Era terna a sua escrita e meiga a sua voz.
Como lhe sorriam os olhos quando acariciava uma criança! É bem verdade que “quem meu filho beija minha boca adoça”. E os pais guardavam para sempre a memória desse sacerdote que se emocionava com o sorriso de um bebé. Logo que soube da sua morte, um pai, cujo filho ele acarinhara, apressou-se a enviar um sms: “sinto convosco a partida deste amigo”. E três rosas, bem sentidas, velaram aos pés do seu caixão…
O meu primeiro encontro com o P. Salgueirinho deu-se, era eu ainda jovem, no Bom Jesus de Barrosas, numa família que lhe queria como a um filho. Depois, ao longo dos anos, rezei com a sua “oração da manhã” da Rádio Renascença. Como lhe agradeço esses momentos que me iluminavam o dia.
Habituei-me ao “Vitral” com que nos deliciava na Voz Portucalense. Que beleza de forma e que riqueza de conteúdo!...
Encontrei-o muitas vezes na livraria Voz Portucalense porque ele manteve o hábito de a frequentar, diariamente, mesmo depois de, a seu pedido, ter deixado a Direcção. Costume esse que também era seguido pelo seu colaborador, Dr. Idalino Vaz Ferreira, que faleceu uns dias antes do P. Salgueirinho. Bons hábitos que todos apreciavam. Gostávamos de o tratar, carinhosamente, como “director-emérito”! Como eram sábias as palavras saídas da sua boca! Da sua última conversa comigo retive uma lição que partilho convosco: “há três defeitos que crescem com a idade: a avareza, a vaidade e a desconfiança. Temos de estar atentos “.
Como sabia ajudar quem trilhava caminhos de calvário! Ele próprio escreveu a propósito de um jovem “que no fim de alguns anos de sofrimento intenso, partiu para a eterna luz de Deus. (…) A oportunidade de nos conhecermos surgiu. Abracei-o e dei-lhe palavras de esperança. Jamais esqueci aquele rosto cândido e afável”. Como ele apreciava a afabilidade!
Foi um bom amigo e um semeador de esperança. A ternura era a folha de ouro com que debruava toda a sua vida.Muito obrigado, P. Salgueirinho! E que o seu exemplo frutifique.
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