O Tanoeiro da Ribeira

terça-feira, outubro 18, 2011

Banda Sinfónica do Porto vence Concurso Mundial, na Holanda













A BANDA SINFÓNICA PORTUGUESA obteve, no passado domingo, o 1º lugar no 60º WMC (World Music Contest) realizado em Kerkrade - Holanda com a melhor classificação de todos os tempos neste concurso que é considerado o "campeonato do mundo". Assim rezava o e-mail que, no dia 5 de Outubro, me enviou Pedro Silva, presidente da direcção da BSP.


A banda portuguesa alcançou 98 dos 100 pontos possíveis, tendo sido a primeira vez, em 60 anos, que uma banda alcançou tantos pontos neste concurso. O seu maestro, Francisco Ferreira, referiu-se ao Prémio como “uma grande vitória, num dos mais prestigiantes e famosos concursos de música”.


E a pergunta surge imediata: que banda é esta que mereceu tal distinção?


A Banda Sinfónica Portuguesa, apoiada pela Academia de Música de Costa Cabral, nasceu no Porto, em Novembro de 2004, para dar visibilidade aos jovens portugueses, saídos das Escolas e Conservatórios de Música.
Em 1 de Janeiro de 2005, fez a sua apresentação no Rivoli no Porto onde gravou o primeiro CD. Em 2010, lançou o álbum A Portuguesa com obras exclusivamente de compositores portugueses. Em 2007, foi convidada pela Casa da Música a apresentar-se regularmente na Sala Suggia onde tem interpretado obras originais de compositores de renome mundial, algumas em primeira edição.
Tem sido dirigida por maestros de reconhecido mérito mundial, tais como Jan Cober (Holanda), Douglas Bostock (Inglaterra), José Vilaplana (Espanha), Eugene Corporon (EUA).
Os seus concertos extravasaram a cidade do Porto e foram até Lisboa, Bragança, Vila Real, Lamego, Espinho, Lagoa, Madrid (RTVE), Pontevedra, Corunha.
Em 2008, obteve o 1º prémio no II Concurso Internacional de Bandas de La Sénia na Catalunha (Espanha).


Num gesto de merecida homenagem, no passado dia 9, participei no concerto na Sala Suggia, dirigido pelo maestro Douglas Bostock. O programa foi preenchido por obras de compositores do século XX: Segunda Suite em Fá de Gustav Holst; Lincolnshire de Percy Grainger (no 50º aniversário da sua morte); Suite Française de Darius Milhaud; Dionysiaques de Florent Schmitt. A banda era formada por 62 jovens instrumentistas (4 flautas; 3 oboés; 3 fagotes; 16 clarinetes; 6 saxofones; 5 trompas; 6 trompetes; 4 trombones; 2 eufónios; 3 tubas; 8 percussão; 1 contrabaixo; 1 piano), todos com nomes portugueses.


Foi uma sala cheia que vibrou com a magnífica interpretação.
No final, o maestro, depois de enaltecer o valor e o prestígio da BSP, brindou os presentes com dois “encores” que todos aplaudiram de pé.