ABRIGO SUBTERRÂNEO
No início do ano, o professor propôs aos alunos o seguinte trabalho:
“Imaginem que a nossa cidade está sob a ameaça de bombardeamento. Aproxima-se um homem que vos pede uma decisão imediata. Existe um abrigo subterrâneo que só pode acomodar oito pessoas. Há dezasseis que pretendem entrar. Seguidamente encontra-se a lista dessas pessoas:
Um carpinteiro - Um atleta olímpico - Um cantor - Um juiz - Um jogador de futebol - Um bombeiro - Uma médica - Uma mãe de 28 anos - Um jornalista - Uma actriz de telenovela - Um serralheiro - Uma estudante - Um picheleiro - Uma professora - Uma avó de sessenta anos - Um polícia - Uma menina de 5 anos - Uma advogada
A tarefa consiste em escolher as oito pessoas que, no parecer do grupo, deverão ser salvas. Para isso, deverão colocar o nº 1 para a pessoa que pareça mais importante salvar; o nº 2 para a segunda, até ao nº 8 para a menos importante das que querem salvar.”
Este trabalho foi realizado por 23 grupos, de 4 turmas, num total de 89 alunos. Apurados os resultados, salvar-se-iam: 1- “Uma menina de 5 anos”; 2- “Uma mãe de 28 anos”; 3- “Uma médica”; 4- “Uma estudante”; 5- “Uma professora”; 6- “Uma avó de sessenta anos”; 7- “Um bombeiro”; 8- “Um polícia”.
Muitas ilações serão possíveis. Eu, porém, limito-me a realçar:
• Todas as turmas salvariam, em primeiro lugar, a “menina de 5 anos” o que revela grande apreço dos jovens pela infância.
• Também a maternidade é tida em alta consideração pois todas a turmas escolheram a “mãe de 28 anos” para ser a segunda a ir para o abrigo.
• Quando tantos professores se sentem ofendidos na sua dignidade pessoal e profissional, é curioso verificar que são os alunos quem quer salvar a “ professora”. E estes jovens já conheceram muitos professores ao longo do seu percurso escolar.
• Todas as turmas salvariam a “avó de sessenta anos”. Ainda dizem que os novos não ligam aos mais velhos…
• A surpresa esteve, especialmente, na última pessoa a entrar no abrigo. A polícia impõe a ordem e garante a segurança. Qual destas funções terá sido prioritária na escolha? Os jovens gostam da ordem ou temem a insegurança? Fica a dúvida… A verdade é que, ao fazerem esta opção, deixaram fora muitas das pessoas que a sociedade mais considera e a comunicação social mais exalta. É que a opinião pública nem sempre coincide com a opinião publicada.
Amigo, convido-o, se tiver paciência, a fazer este exercício. Quem salvaria?
Concluindo...
Os jovens pensam. E não pensam mal…
Ao descobrir a sua capacidade crítica, o adolescente questiona tudo o que o rodeia. A adolescência é “ iconoclasta”, é a idade da rebeldia, que tenta romper limites. Não é nenhum mal. Aconteceu com todos nós. É sinal de crescimento. Os adolescentes não podem é ser deixados “ao-deus-dará”, numa idade de convulsões e perplexidades. Precisam de quem os ajude a pensar com seriedade e serenidade, porque, salvo muito raras excepções, todos são educáveis. O mal é que, como diz o povo, “só colhe quem semeou” e “ninguém pode dar aquilo que não tem”…
“Imaginem que a nossa cidade está sob a ameaça de bombardeamento. Aproxima-se um homem que vos pede uma decisão imediata. Existe um abrigo subterrâneo que só pode acomodar oito pessoas. Há dezasseis que pretendem entrar. Seguidamente encontra-se a lista dessas pessoas:
Um carpinteiro - Um atleta olímpico - Um cantor - Um juiz - Um jogador de futebol - Um bombeiro - Uma médica - Uma mãe de 28 anos - Um jornalista - Uma actriz de telenovela - Um serralheiro - Uma estudante - Um picheleiro - Uma professora - Uma avó de sessenta anos - Um polícia - Uma menina de 5 anos - Uma advogada
A tarefa consiste em escolher as oito pessoas que, no parecer do grupo, deverão ser salvas. Para isso, deverão colocar o nº 1 para a pessoa que pareça mais importante salvar; o nº 2 para a segunda, até ao nº 8 para a menos importante das que querem salvar.”
Este trabalho foi realizado por 23 grupos, de 4 turmas, num total de 89 alunos. Apurados os resultados, salvar-se-iam: 1- “Uma menina de 5 anos”; 2- “Uma mãe de 28 anos”; 3- “Uma médica”; 4- “Uma estudante”; 5- “Uma professora”; 6- “Uma avó de sessenta anos”; 7- “Um bombeiro”; 8- “Um polícia”.
Muitas ilações serão possíveis. Eu, porém, limito-me a realçar:
• Todas as turmas salvariam, em primeiro lugar, a “menina de 5 anos” o que revela grande apreço dos jovens pela infância.
• Também a maternidade é tida em alta consideração pois todas a turmas escolheram a “mãe de 28 anos” para ser a segunda a ir para o abrigo.
• Quando tantos professores se sentem ofendidos na sua dignidade pessoal e profissional, é curioso verificar que são os alunos quem quer salvar a “ professora”. E estes jovens já conheceram muitos professores ao longo do seu percurso escolar.
• Todas as turmas salvariam a “avó de sessenta anos”. Ainda dizem que os novos não ligam aos mais velhos…
• A surpresa esteve, especialmente, na última pessoa a entrar no abrigo. A polícia impõe a ordem e garante a segurança. Qual destas funções terá sido prioritária na escolha? Os jovens gostam da ordem ou temem a insegurança? Fica a dúvida… A verdade é que, ao fazerem esta opção, deixaram fora muitas das pessoas que a sociedade mais considera e a comunicação social mais exalta. É que a opinião pública nem sempre coincide com a opinião publicada.
Amigo, convido-o, se tiver paciência, a fazer este exercício. Quem salvaria?
Concluindo...
Os jovens pensam. E não pensam mal…
Ao descobrir a sua capacidade crítica, o adolescente questiona tudo o que o rodeia. A adolescência é “ iconoclasta”, é a idade da rebeldia, que tenta romper limites. Não é nenhum mal. Aconteceu com todos nós. É sinal de crescimento. Os adolescentes não podem é ser deixados “ao-deus-dará”, numa idade de convulsões e perplexidades. Precisam de quem os ajude a pensar com seriedade e serenidade, porque, salvo muito raras excepções, todos são educáveis. O mal é que, como diz o povo, “só colhe quem semeou” e “ninguém pode dar aquilo que não tem”…
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