O Tanoeiro da Ribeira

domingo, setembro 13, 2009

A ”Sala de Cima”da Fundação Voz Portucalense e o grupo “Boa Memória”

Na passada 4ª feira, a nossa “Sala de Cima” viveu uma tarde particularmente animada com a presença de uma vintena de professores aposentados que quiseram conhecer-nos e partilhar a sua experiência de vida. Ao acolhê-los, a nossa sala realizou-se como espaço de memória e de tertúlia.


O grupo “Boa Memória” nasceu da vontade de professores da Escola EB2,3 de Rio Tinto que, ao reformarem-se, não quiseram perder o que de melhor foram conseguindo numa profissão que os dignificou e marcou para toda a vida. E de bom, para além do mais, ficou uma amizade ganha na realização de projectos colectivos que a todos envolviam, no convívio de uma camaradagem sadia que os irmanava e onde cada um era avaliado pelo contributo que dava para engrandecimento da escola que todos consideravam como “a nossa escola”. Era uma amizade autêntica que não se esgotava na dimensão da relação interpessoal.


O nome do grupo sintetiza os seus grandes objectivos: viver a memória. E ao falar da memória, é a boa memória que interessa e não as horas amargas que pontilharam momentos da sua experiência profissional. Valorizar a memória não é viver agarrado ao passado, mas buscar nele a densidade que dá significado ao presente. O passado é uma mais-valia. Viver a memória é também valorizar o futuro. A amizade, vinda do passado, é um poderoso antídoto contra a solidão. A vida não se conta pelos anos que vivemos mas pelo número de pessoas que fizemos felizes. Ninguém é feliz sozinho… Ao reunirem-se, estes amigos continuam a dar-se, mutuamente, felicidade e encontram novos motivos para perspectivar o futuro. O plano que traçam para cada ano visa encontrar momentos de convivência e partilha que contribuam para o enriquecimento cultural de cada um e para um melhor conhecimento da nossa terra. No presente ano escolar, o Grupo vai começar com uma visita ao Porto no mini-trem “Porto Tripeiro” a que se seguirão visitas aos muitos museus da cidade e aos mais simbólicos monumentos do Porto.
O que conta na vida não são os anos que se viveram mas sim os anos que ainda teremos para viver. E como ninguém sabe quantos serão, há que viver o presente e encarar o futuro, sem lamúrias nem auto-limitações.
Essa é a razão de ser do “Boa Memória”.