NA GRATIDÃO, A VIDA FLORESCE
Na
sua apresentação - “Pórtico Sacerdotal”- escreve: “Sendo eu natural duma Comunidade
que tantos padres deu à Igreja, senti-me espicaçado a desfolhar no jornal
diocesano, “Voz de Lamego”, nos
jornais regionais e, agora colijo em livro, pequenos apontamentos sobre alguns
sacerdotes – santos sacerdotes! – que não precisam de «dar pontapés na lua»
para brilharem como estrelas no meu caminhar. Aqui lhes presto a minha homenagem
de admiração, de gratidão”.
Dos
quarenta biografados, conheci D. Alberto, no Porto e o cónego - depois bispo de
Bragança - Rafael, em Estrasburgo no Colóquio Europeu de Paróquias.
Limito-me
a transcrever alguns testemunhos. Deixo aos leitores o seu juízo.
.
“Saio com as mãos limpas e a consciência tranquila. Entrei pobre e saio pobre.
Não comprei quintas nem apartamentos. Os meus haveres são do conhecimento de
todos”. (P. António Ângelo)
.
“Sobre o caso de lecionar Moral na Escola Técnica… Peço desculpa da minha
atitude, mas não aceito, nem nunca aceitarei porque nunca concordei que os
párocos fossem professores e isto porque conheci e conheço párocos que eram
muito zelosos, antes, mas, depois que principiaram a leccionar, abandonaram
quase por completo a vida paroquial, limitando-se quase à celebração da Santa Missa
e nem os vizinhos podem auxiliar”. (Resposta do P. João Gonçalves ao bispo de
Lamego)
.
“O jornal é uma necessidade. Diga-se, porém, que se fôramos a regular-nos pelas
normas da prudência dos chamados homens práticos – essa estranha raça de
espíritos que pondera e julga todas as cousas pelo diapasão da utilidade, da
conveniência, da oportunidade, do dinheiro, jamais teríamos coragem, força
suficiente para nos lançarmos numa obra que é de apostolado.” (“Palavras de
abertura” da “Voz da Nossa Terra”, do
P. Sílvio Amaral)
.
“Em vez de ficarmos na margem a gritar maldições para o barco, é preferível
saltar para dentro dele, remar com os outros e corrigir o rumo.” (Palavras de incentivo
do P. Bento da Guia ao P. Justino)
.
“Estás a começar, é natural que precises de dinheiro, aqui tens X e pagas
quando puderes.” (P. Abel Sousa, quando o P. Justino foi nomeado para
Nespereira, Cinfães.)
.
“Cultiva-te, Justino. Tu podes. Nós ajudamos-te economicamente, se precisares.”
(Colegas vizinhos)
.
“Como tínhamos dificuldade em arranjar pregadores quaresmais, resolvemos
fazê-lo nós. Trocávamos de paróquia. O esquema era comum, a linguagem e a
sonoridade era própria de cada um. E o povo aplaudiu.” (P. Justino)
(VP,
1/7/2020)
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