O Tanoeiro da Ribeira

quarta-feira, junho 12, 2019

"JESUS CRISTO É O MAIOR"



Nos campos de futebol, abundam gestos de matriz cristã como o dos jogadores que, ao entrar em campo, esboçam o “sinal da cruz”. Mas uma afirmação explícita de Fé é bem mais rara. E quando acontece, os próprios jornalistas não entendem. Lembro um comentador da TV que, ao referir-se a Fernando Santos – treinador de Portugal que sempre confessa a sua Fé cristã (cf. VP, 14/9/2016) -, disse: “Ele acredita que vai ganhar até porque é homem de fé”. Confundem a Fé, virtude teologal, com “fezada”.  E não têm nada a ver uma com a outra, como bem explicou Jurgen Klopp - treinador do Liverpool que, no passado dia 1 se sagrou campeão da Europa. Após uma derrota, quando um repórter lhe perguntou se os «deuses do futebol estavam contra ele», respondeu.
“Não há deuses do futebol, mas existe um Deus que nos ama assim como somos. Mas somos nós que devemos marcar nossos próprios golos”.

Este treinador alemão declarou aos jornalistas do BT Sports, sem meias palavras, “Eu sou cristão”. E afirmou:”Se alguém perguntar sobre minha Fé, eu explico. Não tenho a pretensão de ser algum tipo de missionário, mas quando olho para mim e para a minha vida sinto-me guiado pelas mãos divinas”. Para ele, a Fé significa muito mais que sucesso profissional.

 

Num outro jornal, falou da “dificuldade que, quando adolescente, sentia ao jogar futebol nas manhãs de domingo o que o impedia de participar nas celebrações comunitárias. Para compensar, ia à igreja durante a semana para crescer na Fé”. Isto fez-me lembrar António Feliciano, uma das gloriosas “torres de Belém” que, quando era treinador dos juniores do Porto, não faltava às celebrações da Semana Santa na sua paróquia onde, por causa dos jogos, não podia participar nas Eucaristias dominicais.

A um jornalista que perguntou qual a pessoa mais importante da história, Jurgen Klopp respondeu, sem hesitar: “Jesus Cristo. Ele veio ao mundo com uma missão clara. No final da sua vida, carregou todos os pecados sobre si e foi pregado numa cruz”. É por isso que a morte de Jesus na cruz “foi o maior ato da história porque tudo mudou”.

Sobre a sua vida pessoal, disse: “Quando olho para mim e para a minha vida – e aproveito para isso todos os dias – sinto-me em mãos extraordinariamente boas. Nas mãos de Deus”. E acrescentou: “E acho uma pena que outras pessoas não tenham a mesma sensação de segurança – embora não saibam, é claro, porque, de contrário, provavelmente a procurariam”.

Sabe-me bem enaltecer o testemunho de Fé deste treinador que  “se pauta por um comportamento de grande fair play” e   de “enorme respeito pelos adversários” como evidenciou quando o Liverpool veio jogar ao «Dragão»: “Ao entrar, desviou-se para não pisar o símbolo comemorativo dos 125 anos do FC Porto que estava sobre o relvado”; e, no final, fez questão em cumprimentar, um a um, todos os jogadores do Porto.

(12/6/2019)