"JESUS CRISTO É O MAIOR"
Nos
campos de futebol, abundam gestos de matriz cristã como o dos jogadores que, ao
entrar em campo, esboçam o “sinal da cruz”. Mas uma afirmação explícita de Fé é
bem mais rara. E quando acontece, os próprios jornalistas não entendem. Lembro
um comentador da TV que, ao referir-se a Fernando Santos – treinador de
Portugal que sempre confessa a sua Fé cristã (cf. VP, 14/9/2016) -, disse: “Ele
acredita que vai ganhar até porque é homem de fé”. Confundem a Fé, virtude
teologal, com “fezada”. E não têm nada a
ver uma com a outra, como bem explicou Jurgen Klopp - treinador do Liverpool
que, no passado dia 1 se sagrou campeão da Europa. Após uma derrota, quando um repórter lhe perguntou se
os «deuses do futebol estavam contra ele», respondeu.
“Não há deuses do futebol,
mas existe um Deus que nos ama assim como somos. Mas somos nós que devemos
marcar nossos próprios golos”.
Este
treinador alemão declarou aos
jornalistas do BT Sports, sem meias
palavras, “Eu sou cristão”. E afirmou:”Se alguém perguntar sobre minha
Fé, eu explico. Não tenho a pretensão de ser algum tipo de missionário, mas
quando olho para mim e para a minha vida sinto-me guiado pelas mãos divinas”. Para ele, a Fé significa muito mais que
sucesso profissional.
Num outro jornal, falou da “dificuldade que, quando adolescente,
sentia ao jogar futebol nas manhãs de domingo o que o impedia de participar nas
celebrações comunitárias. Para compensar, ia à igreja durante a semana para
crescer na Fé”. Isto fez-me lembrar António Feliciano, uma das gloriosas
“torres de Belém” que, quando era treinador dos juniores do Porto, não faltava
às celebrações da Semana Santa na sua paróquia onde, por causa dos jogos, não
podia participar nas Eucaristias dominicais.
A um jornalista que perguntou qual a pessoa mais importante da
história, Jurgen Klopp respondeu, sem hesitar: “Jesus Cristo. Ele veio ao mundo
com uma missão clara. No final da sua vida, carregou todos os pecados sobre si
e foi pregado numa cruz”. É por isso que a morte de Jesus na cruz “foi o maior
ato da história porque tudo mudou”.
Sobre a sua vida pessoal, disse: “Quando olho para mim e para a
minha vida – e aproveito para isso todos os dias – sinto-me em mãos
extraordinariamente boas. Nas mãos de Deus”. E acrescentou: “E acho uma pena
que outras pessoas não tenham a mesma sensação de segurança – embora não
saibam, é claro, porque, de contrário, provavelmente a procurariam”.
Sabe-me bem enaltecer o testemunho de Fé deste treinador que “se pauta
por um comportamento de grande fair play” e
de “enorme respeito pelos adversários” como evidenciou quando o
Liverpool veio jogar ao
«Dragão»: “Ao entrar, desviou-se para não pisar o símbolo comemorativo dos 125
anos do FC Porto que estava sobre o relvado”;
e, no final, fez questão em cumprimentar, um a um, todos os jogadores do Porto.
(12/6/2019)
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