ESTRELAS
QUE NOS ALUMIAM…
Em
homenagem a D. António Barroso, no início do centenário da sua morte (1918),
viajei pelo livro “Os Retratos dos Bispos
do Porto na coleção do Paço Episcopal”, em busca de santidade e cuidado com
os pobres. E foram muitas as informações que recebi. Partilho algumas:
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D. Frei Gonçalo de Morais (1607-1617) – “piedoso e esmoler…”
-
D. Nicolau Monteiro (1671-1672) – “Escolheu dois esmoleres, um para atender
aqueles que batiam à porta do seu paço e outro para visitar e socorrer os
pobres envergonhados. Deixou um legado de 12 mil cruzados, destinado ao
tratamento dos doentes pobres.”
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D. Frei José Saldanha (1697-1708) - “ De tanta virtude e santidade, que, depois
de morto esteve três dias exposto ao povo”. Faleceu a 28 de setembro de 1708,
no Porto, «com opinião de santo». “Acudiu aos mais necessitados através de
esmolas, vestuário e alimentos.”
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D. Jerónimo Rebelo (1843-1854) - “Revelou o seu zelo com os mais
desfavorecidos, como os expostos ou com aqueles cujos trabalhos dependia das
condições climatéricas.”
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D. Américo (1871-1899) - “Não foi alheio aos problemas sociais dos seus
diocesanos, intervindo diretamente na assistência às vítimas de miséria e de
calamidades, no apoio à criação e ao funcionamento de instituições de
beneficência e na defesa do descanso semanal.”
-
D. António Barroso (1899-1918) - “Incita os seus diocesanos a apoiarem diversas
instituições, como a Assistência Nacional aos Tuberculosos … e pede-lhes o
contributo para situações de calamidade e de subsistência, especialmente no
período da 1ª Guerra Mundial”. Entre as muitas instituições que criou,
destaca-se a “Associação de Proteção à Infância Bispo D. António Barroso” que
se mantém viva e com trabalho de reconhecido mérito.
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D. António Meireles (1929-1942) - “Salienta-se o interesse pelos problemas dos
operários e dos presos, o apoio a obras de assistência, creches e infantários,
patronatos, cruzadas de caridade, cozinhas económicas.”
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D. Agostinho (1942-1952) - “Atentou às condições de vida dos operários, dos
pobres e dos doentes. Nesse sentido, apelou à caridade dos diocesanos e ao
papel dos proprietários na criação de novos e melhores postos de trabalho num
contexto de vida agravada pela guerra”.
-
D. António (1952-1982) – Intrépido defensor dos direitos humanos, foi notória a
sua intervenção social já em Castelo Branco com a Acção Social Agrária e a Fraternidade
Operária. Em 1956,fundou o Instituto de Serviço Social do Porto. Em 1957,
denunciou a “miséria imerecida” das gentes do campo. Após o seu regresso,
sempre acarinhou a “Obra Diocesana”,
criada por D. Florentino, Administrador Apostólico da Diocese durante o seu
exílio (1959-69).
Galeria
insigne que nos honra pelo passado e responsabiliza pelo futuro.
Um
Ano Bom!
(3/1/2018)
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