Nasceu no norte de Itália. Durante a Guerra, com o pai
emigrado na Suíça, chegou a passar fome. Ordenado presbítero em 1935, “ tinha
problemas de saúde e achava que não tinha uma voz forte para desempenhar a
missão episcopal”. Foi nomeado bispo de Veneto e, depois, patriarca de Veneza.
Distinguiu-se “pela simplicidade com que andava nas ruas, o que lhe permitia o
contacto próximo com as pessoas”.
Eleito papa, escolheu um nome composto para homenagear os
seus dois antecessores, reconhecendo, embora, que não tinha a sabedoria de
coração de um nem a preparação e a cultura do outro. “No momento em que foi
apresentado na varanda de S. Pedro, pretendeu falar à multidão. Mas o protocolo
não lho permitiu”. Aboliu o plural majestático (nós) nos seus discursos,
falando sempre na primeira pessoa do singular (eu), e recusou ser coroado com a
tiara papal.
Num Angelus,
disse: “Sabemos que Deus tem os olhos sempre abertos para nos ver, mesmo quando
parece que é noite. Ele é papá, mais ainda, é mãe!”
A ternura envolve-o na grande devoção a Nossa Senhora, como
explicitou no início do seu pontificado: “Iniciamos o serviço apostólico,
invocando como estrela esplendorosa da nossa caminhada a Mãe Deus, Maria, que a
Liturgia venera de modo especial neste mês de Setembro. A Virgem Santíssima,
que guiou com delicada ternura a nossa vida de criança, de seminarista, de
sacerdote e de bispo continue a iluminar e a dirigir os nossos passos, para
que, feito voz de Pedro, com os olhos e a mente fixos no seu Filho, Jesus,
proclamemos no mundo, com jubilosa firmeza, a nossa profissão de fé. «Tu és o
Cristo, o Filho de Deus vivo» (Mt. 16,16). Amen”.
Foi este amor a Maria que, quando cardeal, o trouxera a
Fátima, de modo muito discreto, merecendo “apenas, uma breve referência na Voz de Fátima”. Nessa altura,
deslocou-se ao Carmelo de Coimbra onde falou com a Irmã Lúcia.
A sua debilidade física aguentou o ministério episcopal mas
sucumbiu face às exigências do múnus pontifício.
Também o coração de D. António Francisco, o nosso bispo,
soçobrou sob o peso dos “cuidados pastorais”. Dou graças a Deus pela sua dádiva
à Igreja do Porto e pelo sorriso que a todos acolhia, com uma ternura muito
especial para as crianças e os mais frágeis.
“Um homem bom. “ (JN,
12/9/2017)
“Que ele, junto do Pai, interceda por nós”, assim pediu D.
António Taipa na Sé Catedral. E nós também …
“Por onde passava
cativava a população pela sua afabilidade”.
( 20/9/2017)
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