Herói de Humanidade
Aristides de Sousa Mendes nasceu, em Cabanas de Viriato, em 1885, numa família aristocrática e católica.
Diplomata de Carreira, é cônsul em Bordéus (França) quando rebenta a 2ª Guerra Mundial. É aí que se vai jogar a sorte de milhares de fugitivos aos horrores da guerra e dos campos de concentração. É aí que Sousa Mendes afirma as suas qualidades humanas. Contrariando as determinações de Salazar, ajuda a fuga de 30 000 refugiados, de França para Portugal, concedendo-lhes os necessários vistos de entrada. Obrigado a regressar a Portugal é julgado por desobediência às ordens recebidas. Apesar da sua “coragem moral”, é forçado à aposentação e impedido de exercer a advocacia. Morre em 1954, em Lisboa, “pobre e desonrado”.
Considerado um herói, “o Schindler português”, no estrangeiro, só após o 25 de Abril se iniciou a sua dignificação, em Portugal. Na sua terra natal, surgirá uma Fundação com o seu nome.
Respiguei estas notas no manual escolar “A Grande Viagem”, editado em 2005.
No Carnaval passado, fui até Cabanas de Viriato, perto de Viseu, à procura de memórias deste herói da Humanidade a quem o “Memorial do Holocausto”, construído em Jerusalém, honra com o título de“ Justo entre as nações”.
No centro da vila, lá estava uma avenida nova com o seu nome. Perto, uma imponente casa brasonada em ruínas. Não vi qualquer estátua ou busto, nem sequer uma lápide a informar que ali nascera um Homem que salvou milhares de pessoas do terror e da morte; a mostrar às novas gerações que é nestes exemplos que “ repousa a esperança do futuro da Humanidade”.
Perguntei pela Fundação anunciada. Disseram-me que existe mas não tem dinheiro. Pobre País que endeusa os seus “heróis de papel” e maltrata os que lhe dão honras de universalidade.!...
No parque da vila, encontrei duas placas com referências ao seu nome mas foi no “Miradouro Cristo Rei” que me surpreendi ao ver, na base da imagem, uma inscrição que dizia:
MONUMENTO A CRISTO REI MANDADO CONSTRUIR EM 1933 PELO ILUSTRE CABANENSE DOUTOR ARISTIDES DE SOUSA MENDES DIPLOMATA QUE EXERCEU AS FUNÇÕES DE CONSUL GERAL EM BORDÉUS – 1940 – SALVOU MILHARES DE VIDAS DO HOLOCAUSTO NAZI DA II GUERRA MUNDIAL
Senti-me feliz. Havia uma lápide que enaltecia a sua memória. E encontrei-a num monumento dedicado a Cristo Rei que ele, sete anos antes do seu heróico gesto salvador, mandara levantar no local mais belo da quinta da sua família. E compreendi que a “coragem moral” deste beirão de rija têmpera radicava na Fé que do humano faz divino.
Aproxima-se o dia 3 de Abril, aniversário da sua morte. Aqui fica a minha homenagem. E porque, este ano, calha ao domingo, deixo uma sugestão: por que não fazer uma visita à terra deste português ilustre que nos dignifica como homens e como cristãos?
Diplomata de Carreira, é cônsul em Bordéus (França) quando rebenta a 2ª Guerra Mundial. É aí que se vai jogar a sorte de milhares de fugitivos aos horrores da guerra e dos campos de concentração. É aí que Sousa Mendes afirma as suas qualidades humanas. Contrariando as determinações de Salazar, ajuda a fuga de 30 000 refugiados, de França para Portugal, concedendo-lhes os necessários vistos de entrada. Obrigado a regressar a Portugal é julgado por desobediência às ordens recebidas. Apesar da sua “coragem moral”, é forçado à aposentação e impedido de exercer a advocacia. Morre em 1954, em Lisboa, “pobre e desonrado”.
Considerado um herói, “o Schindler português”, no estrangeiro, só após o 25 de Abril se iniciou a sua dignificação, em Portugal. Na sua terra natal, surgirá uma Fundação com o seu nome.
Respiguei estas notas no manual escolar “A Grande Viagem”, editado em 2005.
No Carnaval passado, fui até Cabanas de Viriato, perto de Viseu, à procura de memórias deste herói da Humanidade a quem o “Memorial do Holocausto”, construído em Jerusalém, honra com o título de“ Justo entre as nações”.
No centro da vila, lá estava uma avenida nova com o seu nome. Perto, uma imponente casa brasonada em ruínas. Não vi qualquer estátua ou busto, nem sequer uma lápide a informar que ali nascera um Homem que salvou milhares de pessoas do terror e da morte; a mostrar às novas gerações que é nestes exemplos que “ repousa a esperança do futuro da Humanidade”.
Perguntei pela Fundação anunciada. Disseram-me que existe mas não tem dinheiro. Pobre País que endeusa os seus “heróis de papel” e maltrata os que lhe dão honras de universalidade.!...
No parque da vila, encontrei duas placas com referências ao seu nome mas foi no “Miradouro Cristo Rei” que me surpreendi ao ver, na base da imagem, uma inscrição que dizia:
MONUMENTO A CRISTO REI MANDADO CONSTRUIR EM 1933 PELO ILUSTRE CABANENSE DOUTOR ARISTIDES DE SOUSA MENDES DIPLOMATA QUE EXERCEU AS FUNÇÕES DE CONSUL GERAL EM BORDÉUS – 1940 – SALVOU MILHARES DE VIDAS DO HOLOCAUSTO NAZI DA II GUERRA MUNDIAL
Senti-me feliz. Havia uma lápide que enaltecia a sua memória. E encontrei-a num monumento dedicado a Cristo Rei que ele, sete anos antes do seu heróico gesto salvador, mandara levantar no local mais belo da quinta da sua família. E compreendi que a “coragem moral” deste beirão de rija têmpera radicava na Fé que do humano faz divino.
Aproxima-se o dia 3 de Abril, aniversário da sua morte. Aqui fica a minha homenagem. E porque, este ano, calha ao domingo, deixo uma sugestão: por que não fazer uma visita à terra deste português ilustre que nos dignifica como homens e como cristãos?
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