Homenagem às mães
“Quem sabe o nome vosso, mães de Tarso e Dante?”. D. António Ferreira Gomes gostava de evocar este verso sempre que prestava homenagem às mães, como fez numa visita ao mosteiro de Singeverga. E como se chamaria a sua mãe?- interroguei-me. Em busca de resposta, viajei até S. Martinho de Milhundos. Os seus restos mortais estão num jazigo que tem, apenas, a inscrição “Casa da Quebrada”, sem qualquer menção às pessoas nele sepultadas.
Romagem aos túmulos dos Bispos Fundadores
Desloquei-me, então, à casa da família. Recebeu-me o actual proprietário, Inácio Magalhães Ferreira Gomes, sobrinho de D. António. Sua esposa, D. Maria Alice, foi aos arcanos da família e ofereceu-me uma das suas relíquias: a pagela / memória da mãe de D. António - Albina de Jesus Ferreira Gomes, falecida em 21 de Novembro de 1965: “Deixou aos filhos o exemplo da virtude.”
O dia da morte da mãe foi, no dizer de um dos sobrinhos de D. António, o dia mais triste do seu exílio, até porque Salazar não autorizou a sua vinda ao funeral, nem a notícia do falecimento saiu nos jornais donde o nome do filho tinha sido proscrito. Consolou-o saber que, apesar destas limitações, a presença em massa do clero do Porto e de muitos fiéis no funeral era o testemunho de quanto o estimavam e desejavam o seu regresso à diocese. Reconfortou-o, ainda, a companhia, em Roma onde estava, de vários sacerdotes que aí estudavam e a quem desabafou: “Quando morre o pai ou a mãe, deixamos de ser meninos”. Foi tão grande a sua dor que, quando regressou à terra, o primeiro local que visitou foi a campa de sua mãe onde se demorou a rezar e, certamente, terá lembrado a jaculatória que, muitas vezes, ouvira a sua mãe nas horas de sofrimento: “valha-me o Senhor do Calvário”. A Voz do Pastor, no dia 19 de Julho de 1969, publicou uma fotografia, onde se vê D. António, de pé, junto do jazigo da mãe, acompanhada pelo poema “Às Mães”, de Guilherme Braga, que integra o verso com que abri este texto.
Ao programarmos a “Romagem aos túmulos dos Bispos Fundadores”, no 40.º aniversário da Voz Portucalense, ficámos felizes quando verificámos que, este ano, o dia 21 de Novembro calhava a um domingo. E, logo, resolvemos escolher a tarde desse dia para a Romagem. Junto do túmulo da mãe de D. António, iremos ler o poema de Guilherme Braga e cantar o “Salve Regina” àquela a quem todos chamamos MÃE e nela, rezaremos e prestaremos homenagem às mães dos sacerdotes e às nossas mães.
Romagem aos túmulos dos Bispos Fundadores
Desloquei-me, então, à casa da família. Recebeu-me o actual proprietário, Inácio Magalhães Ferreira Gomes, sobrinho de D. António. Sua esposa, D. Maria Alice, foi aos arcanos da família e ofereceu-me uma das suas relíquias: a pagela / memória da mãe de D. António - Albina de Jesus Ferreira Gomes, falecida em 21 de Novembro de 1965: “Deixou aos filhos o exemplo da virtude.”
O dia da morte da mãe foi, no dizer de um dos sobrinhos de D. António, o dia mais triste do seu exílio, até porque Salazar não autorizou a sua vinda ao funeral, nem a notícia do falecimento saiu nos jornais donde o nome do filho tinha sido proscrito. Consolou-o saber que, apesar destas limitações, a presença em massa do clero do Porto e de muitos fiéis no funeral era o testemunho de quanto o estimavam e desejavam o seu regresso à diocese. Reconfortou-o, ainda, a companhia, em Roma onde estava, de vários sacerdotes que aí estudavam e a quem desabafou: “Quando morre o pai ou a mãe, deixamos de ser meninos”. Foi tão grande a sua dor que, quando regressou à terra, o primeiro local que visitou foi a campa de sua mãe onde se demorou a rezar e, certamente, terá lembrado a jaculatória que, muitas vezes, ouvira a sua mãe nas horas de sofrimento: “valha-me o Senhor do Calvário”. A Voz do Pastor, no dia 19 de Julho de 1969, publicou uma fotografia, onde se vê D. António, de pé, junto do jazigo da mãe, acompanhada pelo poema “Às Mães”, de Guilherme Braga, que integra o verso com que abri este texto.
Ao programarmos a “Romagem aos túmulos dos Bispos Fundadores”, no 40.º aniversário da Voz Portucalense, ficámos felizes quando verificámos que, este ano, o dia 21 de Novembro calhava a um domingo. E, logo, resolvemos escolher a tarde desse dia para a Romagem. Junto do túmulo da mãe de D. António, iremos ler o poema de Guilherme Braga e cantar o “Salve Regina” àquela a quem todos chamamos MÃE e nela, rezaremos e prestaremos homenagem às mães dos sacerdotes e às nossas mães.
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