O Tanoeiro da Ribeira

quarta-feira, janeiro 08, 2020

A ÁRVORE DA VIDA

 
Natal é Vida! Natal é Graça! Como sabe bem saborear estes dons de Deus!

Em ação de graças, partilho convosco os poemas que dois amigos dedicaram às nossas netas, no dia do seu batizado.

Eva da nova criação – Eva e Luz/ Gémeas no sangue/ Irmãs no Amor Divino/ Por um sacramento de encanto/ Vinde! Entrai no leito do Jordão/ A Trindade Santíssima,/ O Pai, o Filho e o Espírito Santo/ Vos espera.

Outono se converte em Primavera/ Deus sorri. Tudo ilumina. / E pelo sacerdote ecoa a voz divina / - Eva, eu te batizo. / Luz, eu te batizo. / São testemunhas Maria, a Nova Eva. / E Jesus /A Nova Luz.”

Luz do novo peregrino – Eva e Luz,/ Em Maria e Jesus. / Nos vossos caminhos longos, abertos,/ Nunca haverá nem trevas nem desertos. / Também nunca haverá encruzilhadas.

Um dia,/ Lembrando com alegria/ Esta mensagem bem sentida,/ Sabei que o batismo é sacramento/ Que desperta para a vida. / Eva e Luz,/ Os amigos convosco em união/ E com toda a família tão querida,/ Desejam para vós as maiores bênçãos/ Do Senhor batizado no Jordão” (José Vieira)

Crónica poética do baptizado - Eva e Luz se baptizaram/ Em S. Nicolau, no Porto; / E quantos testemunharam,/ Com eclesial conforto,/ No dia cinco de Outubro/ De dois mil e dezanove,/ Estão em crer que no futuro/ Este voto se renove.

Igreja setecentista,/ Rococó e maneirista,/ Tem história acumulada/ E pintura celebrada/ No seu fausto altar-mor. / Mas deu-lhe brilho maior/ O baptismo das meninas/ Eva e Luz, bem pequeninas.

Convocada a assembleia/ Junto ao pórtico da entrada/ O pastor e as crianças/ Deram a voz à paideia/ De o baptismo ser passada/ Para novas esperanças. / Eva e Luz então choraram,/ Mas os pais as sossegaram.

Junto do círio pascal,/ Consumou-se a liturgia/ E o padre fez homilia / Na forma dialogal. / O coral da catequese / Ilustrou a exegese. / Eva e Luz, sossegadinhas,/ Encantaram as madrinhas.

Em nome do Pai e do Filho/ E do Espírito Santo,/ Eva e Luz, eu vos baptizo… / E a luz cobriu-as de branco! / Ó Virgem Mãe, nas alturas,/ Com tua graça e amor,/ Guarda as novas criaturas/ Entre as mãos do Criador.

Toda a festa foi bonita,/ Tantas crianças presentes! / Avós e pais são sementes,/ Cuja graça, luz bendita,/ É congregar amizades. / Eva e Luz terão memória,/ Colherão diversidades,/ E contarão uma história.” (José Machado)

 
“O Senhor Deus fez brotar da terra toda a sorte de árvores, de aspeto agradável, e de frutos doces para comer; e a árvore da vida no meio do jardim (…) Um rio saía do Éden (Gn, 2,9-10).

Os filhos e os netos são «frutos doces» que suavizam-nos o passar dos anos, são flores que embelezam o nosso «paraíso terreal». Ao vê-los, nosso coração fica em festa.

Que o nosso amor seja um “rio” onde corre memória, ternura e gratidão pela sua e nossa vida. Como escreveu Daniel Faria: “O homem pensa que nada é mais profundo / Que depois de Deus os filhos e os sismos”.

(8/1/2020)