A ÁRVORE DA VIDA
Em
ação de graças, partilho convosco os poemas que dois amigos dedicaram às nossas
netas, no dia do seu batizado.
“
Eva da nova criação – Eva e Luz/
Gémeas no sangue/ Irmãs no Amor Divino/ Por um sacramento de encanto/ Vinde!
Entrai no leito do Jordão/ A Trindade Santíssima,/ O Pai, o Filho e o Espírito
Santo/ Vos espera.
Outono
se converte em Primavera/ Deus sorri. Tudo ilumina. / E pelo sacerdote ecoa a
voz divina / - Eva, eu te batizo. / Luz, eu te batizo. / São testemunhas
Maria, a Nova Eva. / E Jesus /A Nova Luz.”
“
Luz do novo peregrino – Eva e Luz,/
Em Maria e Jesus. / Nos vossos caminhos longos, abertos,/ Nunca haverá nem
trevas nem desertos. / Também nunca haverá encruzilhadas.
Um
dia,/ Lembrando com alegria/ Esta mensagem bem sentida,/ Sabei que o batismo é
sacramento/ Que desperta para a vida. / Eva e Luz,/ Os amigos convosco em
união/ E com toda a família tão querida,/ Desejam para vós as maiores bênçãos/
Do Senhor batizado no Jordão” (José Vieira)
“
Crónica poética do baptizado - Eva e
Luz se baptizaram/ Em S. Nicolau, no Porto; / E quantos testemunharam,/ Com
eclesial conforto,/ No dia cinco de Outubro/ De dois mil e dezanove,/ Estão em
crer que no futuro/ Este voto se renove.
Igreja
setecentista,/ Rococó e maneirista,/ Tem história acumulada/ E pintura
celebrada/ No seu fausto altar-mor. / Mas deu-lhe brilho maior/ O baptismo das
meninas/ Eva e Luz, bem pequeninas.
Convocada
a assembleia/ Junto ao pórtico da entrada/ O pastor e as crianças/ Deram a voz
à paideia/ De o baptismo ser passada/ Para novas esperanças. / Eva e Luz então
choraram,/ Mas os pais as sossegaram.
Junto
do círio pascal,/ Consumou-se a liturgia/ E o padre fez homilia / Na forma
dialogal. / O coral da catequese / Ilustrou a exegese. / Eva e Luz,
sossegadinhas,/ Encantaram as madrinhas.
Em
nome do Pai e do Filho/ E do Espírito Santo,/ Eva e Luz, eu vos
baptizo… / E a luz cobriu-as de branco! / Ó Virgem Mãe, nas alturas,/ Com tua
graça e amor,/ Guarda as novas criaturas/ Entre as mãos do Criador.
Toda
a festa foi bonita,/ Tantas crianças presentes! / Avós e pais são sementes,/
Cuja graça, luz bendita,/ É congregar amizades. / Eva e Luz terão memória,/
Colherão diversidades,/ E contarão uma história.” (José
Machado)
“O
Senhor Deus fez brotar da terra toda a sorte de árvores, de aspeto agradável, e
de frutos doces para comer; e a árvore da vida no meio do jardim (…) Um rio
saía do Éden (Gn, 2,9-10).
Os
filhos e os netos são «frutos doces» que suavizam-nos o passar dos anos, são
flores que embelezam o nosso «paraíso terreal». Ao vê-los, nosso coração fica
em festa.
Que
o nosso amor seja um “rio” onde corre memória, ternura e gratidão pela sua e
nossa vida. Como escreveu Daniel Faria: “O homem pensa que nada é mais profundo
/ Que depois de Deus os filhos e os sismos”.
(8/1/2020)
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