PARCEIROS OU COMPETIDOES
A
Igreja apoia as camadas mais pobres e nas zonas mais remotas da Terra.
Administra 115.352 instituições de saúde
e de assistência em todo o mundo, incluindo 5.167 hospitais, sendo a maior parte na América e em África; 17.322 dispensários, a maioria em África, na
América e na Ásia; 648 leprosarias
distribuídas principalmente na Ásia e em África; 10.124 orfanatos, principalmente na Ásia e na América; 3.663 centros de educação e reeducação social, além
de 36.386 instituições de outros tipos.
Só a Sociedade de S. Vicente de Paulo
ajuda cerca de trinta milhões de pessoas, em 138 países.
E em Portugal? E na nossa Diocese?
A Igreja tem em funcionamento cerca de 1700 IPSS canonicamente eretas e com
múltiplas valências.
O P. Lino Maia, presidente da CNIS, diz-nos que,
só na nossa diocese, há 3.363 Vicentinos num
total de 302 Conferências (VP,
18/9/2019). E “há presentemente 388 Misericórdias
ativas em Portugal que, no seu conjunto, apoiam diariamente cerca de 165 mil
pessoas e, para o efeito, contam com mais de 45 mil colaboradores diretos”. Com
exceção da de Lisboa todas as outras são “simultaneamente de ereção canónica e
instituições de solidariedade social”. Na diocese do Porto há um total de 28 Misericórdias” (VP, 29/5/2019). E ainda,
“De acordo com a Carta Social (2017), as IPSS
têm equipamentos para crianças e pessoas idosas em 70,76% do número total de
freguesias do continente, sendo as únicas entidades com estas respostas em
27,16% das freguesias, com predomínio dos centros
sociais paroquiais” (VP,19/6/2019).
A sociedade terá consciência da importância deste
trabalho? E nós? Penso que as instituições deveriam aparecer mais nas redes
sociais. Não por vanglória mas ao serviço da verdade.
Sei que Jesus disse “Quando deres esmola, que a
tua mão esquerda não saiba o que faz a direita (Mt, 6,3).Mas também já tinha
dito: “Não se acende uma luz para colocá-la debaixo do alqueire…” (Mt, 5,14-16)
Um voto - Que o novo Governo saiba respeitar este
«suplemento de alma» que chega às «periferias existenciais» e se questione: ”É
dogmaticamente infalível o modelo de assistência imposto pelo Estado por
intermédio da Segurança Social?”; “A Segurança Social posiciona-se perante os
organismos assistenciais da sociedade civil como seus legítimos parceiros a
favorecer ou como competidores a isolar?”.
E um apelo - Que a nova equipa ministerial traga um outro
espírito para os seus funcionários de modo que a Segurança Social deixe de ser,
“um serviço predominantemente inspetivo, habitualmente tido mais como problema
acrescido do que uma reserva de solução” (D. Manuel Linda, JN, 15/9/2019).
(13/11/2019)
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