O Tanoeiro da Ribeira

segunda-feira, outubro 01, 2007

VALE A PENA VIVER!...


Que rico fim-de-semana! Rico porquê? Porque passeei muito? Porque tive grandes festas? Porque assisti a esplêndidos espectáculos? Porque ganhei o euromilhões? Não, mas foi um belo fim-de-semana que começou na 5ª feira e só acabou na segunda. Muito vivi…

ASSEMBLEIA DE FREGUESIA
Um pouco triste com o modo como têm funcionado as reuniões da Assembleia de Freguesia a que pertenço, elaborei um texto cuja fotocópia foi distribuída a todos os deputados e aos membros da Junta de Freguesia e que li na reunião da passada 6ª-feira. Eis o texto.
Digníssimos membros da Mesa da Assembleia e da Junta de Freguesia, amigos e senhores Deputados.
No presente Mandato, tenho assistido, em silêncio e com mágoa crescente, a um exacerbar de tensões que minam os fundamentos democráticos desta Assembleia. Mágoa tanto mais acrescentada quanto o clima actual contrasta com o ambiente de saudável confronto político que caracterizou os mandatos anteriores.
Esta constatação levou-me a uma reflexão cujo produto, contando com a vossa benevolência, gostaria de vos expor.
Cada um de nós, como pessoa, é único e original e, por, isso diferente. A isto acresce o facto de termos sido eleitos em listas apresentadas por partidos cuja essência consiste em defender projectos diferenciados para a sociedade. É, pois, natural e salutar que surjam divergências de opinião.
O confronto de ideias está inerente à actividade política. Porém, enquanto em Ditadura – um sistema monolítico - esse confronto dá-se entre inimigos que, mutuamente, procuram aniquilar-se; em Democracia – um sistema pluralista - o confronto põe frente a frente adversários que, mutuamente, se respeitam na diversidade de opiniões: é um combate dentro e não contra o sistema.
Em função disso, gostaria de realçar alguns factores que nos identificam nesta Assembleia, para além das diferenças que nos distinguem.
* Em primeiro lugar, todos nós vivemos em Democracia e somos sujeitos de um poder cuja legitimidade assenta no mandato que nos foi conferido pelos eleitores da freguesia. Cada deputado, parafraseando Fernando Pessoa, poderia dizer: “Aqui na Assembleia, sou mais do que eu, sou o povo que me elegeu.” Por isso, respeitar os eleitores implica respeitar aqueles que os representam.
* Em segundo lugar, embora a nossa candidatura tenha sido apresentada em listas partidárias, o nosso mandato é pessoal. Por isso, sem esquecer a bancada em que estamos integrados, cada um de nós, fala em nome próprio e não é um mero correio da sua estrutura partidária. Aqui reside a nossa liberdade democrática. Vivemos numa democracia e não numa partidocracia. As boas ideias não têm paternidade quando servem aqueles que nos elegeram. Ou são boas, e merecem aprovação; ou não o são, e serão reprovadas, independentemente de quem as apresenta.
* Mais, fomos eleitos para esta Assembleia de Freguesia que é um órgão representativo da Freguesia de (...) Ora como diz a Constituição, “As autarquias locais são pessoas colectivas territoriais dotadas de órgãos próprios representativos, que visam a prossecução de interesses próprios das populações respectivas.” Por isso, a nossa Assembleia tem o seu âmbito de acção circunscrito ao território e à população que constituem (...) Na sua acção, em primeiro lugar, deverá atender aos casos em cuja resolução, através da Junta, poderá ter uma interferência directa. Há, no entanto, problemas de âmbito mais geral que afectam a população da Freguesia e em cuja solução a Assembleia não pode ter uma interferência directa. Nestes casos, deverá funcionar como caixa de ressonância do sentir da sua população, constituindo-se como grupo de pressão junto dos órgãos/instituições a quem compete resolver o problema. E, nesta situação, as diversas forças políticas presentes na Assembleia não podem fazer depender a sua adesão do facto de esses órgãos estarem ou não ocupados pelo partido a que pertencem. Estamos aqui para defender os interesses da freguesia e não para defender ou atacar outros órgãos do poder em função da cor partidária. A Assembleia é um órgão de poder/serviço e não um areópago de querelas inter-partidárias.
* E ainda. Se fomos eleitos é porque os eleitores nos consideraram pessoas de bem, educadas, respeitadoras, respeitáveis e respeitadas. O nosso comportamento dentro da Assembleia deve ser digno dessa consideração e pautar-se pelas normas defendidas pela ética social que Kant tão bem sintetizava: “Age sempre de maneira a tratar a humanidade, tanto na tua pessoa como na pessoa de qualquer outro, como fim e nunca simplesmente como meio”. O nosso povo simplifica dizendo: “ Não faças aos outros o que não queres que façam a ti”. Ou, pela positiva, “ Faz aos outros o que gostas que façam a ti”.
Em consequência, gostaria de apresentar algumas sugestões.
* Que todos respeitemos o regimento aprovado e que o Senhor Presidente seja rigoroso na exigência do seu cumprimento, não se coibindo de cortar a palavra, se tal for necessário, a quem, depois de avisado, persistir no seu incumprimento.
* Que todos, ao falarmos, nos lembremos que a liberdade de expressão é uma das grandes conquistas de Abril, mas não pode colidir com o direito de ouvir: eu tenho direito de falar, os outros é que não têm obrigação de me aturarem. Muitas vezes, o “como se diz” ofende mais do que “o que se diz”. Devemos ter sempre presentes dois provérbios que, parecendo contraditórios, se completam: “A palavras loucas, orelhas moucas” e “Quem não se sente não é filho de boa gente”. Se quero ser ouvido com respeito, devo respeitar quem me ouve.
* Ao ouvirmos, devemos estar interiormente livres, sem preconceitos. A nossa posição original deve favorecer as condições da imparcialidade. Aquilo a que Rawls (“Teoria da Justiça”) chama o “véu de ignorância”. Só este permitirá as condições iniciais de equidade que tornarão possível um acordo amplamente partilhado quando este favorece aqueles que representamos, esquecendo os nossos interesses pessoais e partidários.
* Enquanto ouvimos, devemos ouvir tudo até ao fim e não podemos estar logo a preparar uma réplica. Se não, poderemos atribuir ao orador não aquilo que ele disse mas o que nós pensamos que ele ia dizer.
* A elaboração de moções deve merecer o máximo cuidado por parte de quem as apresenta.
Deve usar-se uma linguagem que respeite as diversas sensibilidades pessoais e partidárias e que dignifique quem as aprova; que evite termos com conotações fortemente ideológicas e historicamente identificáveis. Deverá ser privilegiada uma linguagem denotativa.
Não podemos esquecer, como dizia Einstein, que a verdade tem que ter elegância.
Se houver discordâncias, que estas resultem do conteúdo e não da forma da moção.
Cada moção deve abordar temas que, directa ou indirectamente, digam respeito àqueles que nos elegeram, deve mencionar apenas considerandos pertinentes e o seu objecto deve ser claro e bem definido.
Por isso, pergunto: quando alguém ou grupo quiser fazer aprovar uma moção pela Assembleia, não seria possível realizar-se um encontro prévio dos diversos líderes para burilar arestas formais que possam afectar a sua aprovação? Digo isto porque penso que quem apresenta uma moção acredita na sua importância para a freguesia e deseja vê-la aprovada. A minha sugestão não terá qualquer sentido se alguém usar as moções apenas para mostrar serviço ou como simples forma de propaganda partidária ou, o que não quero admitir, como forma de provocação das outras forças partidárias. Neste caso, a moção deixaria de ser pertinente e tornar-se-ia impertinente, o que ofenderia o carácter democrático da nossa Assembleia.
À guisa de conclusão, gostaria de apresentar um pequeno excerto do discurso que o pensador francês Jacques Maritain fez na UNESCO, em 1947. Dizia assim: “ Como pode conceber-se um acordo de pensamento? O acordo pode fazer-se não sobre um comum pensamento especulativo, mas sobre um comum pensamento prático; não sobre a afirmação duma mesma concepção do mundo, do homem (…), mas sobre a afirmação de um mesmo conjunto de convicções orientadoras da acção. Isso é pouco, sem dúvida; é o último reduto do acordo dos espíritos. Entretanto, é o bastante para empreender uma grande obra”.
Em síntese, um apelo final:
Respeitando-nos na diversidade pessoal, ideológica e partidária, procuremos encontrar “um mesmo conjunto de convicções orientadoras da acção” que possa bem-servir e dignificar o povo de (…) a que nos honramos de pertencer. Respeitando-nos, contribuamos para o prestígio dos valores democráticos. Esforcemo-nos por dar credibilidade àquilo em que acreditamos, certos de que, como dizia D. António Ferreira Gomes, “as democracias desregradas são o terreno mais fértil para o germinar das ditaduras.
Obrigado pela vossa atenção. ( E desculpem porque ao escrever no computador não se calcula o tempo que vai ocupar a sua leitura - acrescentei no final)

Esta comunicação suscitou a intervenção dos líderes de vários partidos. O representante do PSD considerou que a minha comunicação deveria ser apresentada como moção para ser votada a sugestão implícita na pergunta formulada no texto. Interpelado pelo Presidente da Assembleia, esclareci que não era essa a minha intenção: tratava-se apenas de uma reflexão pessoal que poderia revestir um carácter pedagógico de reflexão pessoal e partidário e que, se dessa reflexão surgisse uma proposta, essa deveria ser apresentada e discutida na próxima reunião da Assembleia. O representante do CDS considerou que estava de acordo com a grande maioria das ideias expostas na comunicação mas tinha dúvidas na resposta a dar à minha pergunta uma vez que cada deputado não pode perder a liberdade de apresentar as suas moções. Respondendo, expliquei que também eu não queria coarctar essa liberdade mas esta proposta teve por base uma experiência muito negativa por que passara quando, por razões de forma, não pude votar favoravelmente uma moção louvando o 25 de Abril e seus obreiros, tendo, nessa data, elaborado à pressa uma outra moção com os mesmos objectivos e que foi aprovada pela Assembleia.
O líder da CDU também interveio para dizer: o texto apresentado está muito bem escrito mas era bom para ser lido na igreja de (…) no próximo domingo. Os deputados das diversas bancadas entreolharam-se, com sorrisos de desprezo/reprovação, mas ninguém respondeu. Ninguém quis entrar em polémica por causa de um texto que apelava à colaboração e à boa educação. “ Há palavras que ficam com quem as pronuncia.” O líder do PS realçou o carácter pedagógico do texto e congratulou-se com a sua apresentação. O que nenhum deputado quis fazer, fê-lo um assistente que, no período aberto às intervenções do povo da freguesia, pediu a palavra e disse. “tenho vindo a assistir às reuniões da Assembleia. Hoje fiquei muito aborrecido porque um deputado apresentou um belo texto apelando ao diálogo e à compreensão entre todas as bancadas e logo apareceu um senhor que disse, cito, o texto está bem escrito mas era bom para ser lido na igreja no domingo. Eu quero protestar contra estas palavras e contra a atitude deste senhor”. Enquanto ele falava, os elementos da Junta e da Mesa da Assembleia abanavam a cabeça em sinal de aprovação. No final da Assembleia, foram muitos os deputados e assistentes que me vieram agradecer o texto. Como disse ao Presidente da Assembleia, um acto pode ser avaliado pela sua pertinência ou pela sua eficácia. No primeiro caso a avaliação alicerça-se em factores internos, no segundo, são os factores externos que se impõem. Embora sabendo que, neste mundo concorrencial, tudo se julga pela eficácia, eu continuo a privilegiar a pertinência. E, no caso desta comunicação, não é a eficácia que me preocupa embora fique mais feliz se ela der origem a uma reflexão que possa melhorar o clima vivido na Assembleia. Fiquei feliz porque fiz aquilo que julgo deveria ter feito. Neste aspecto, sinto-me kantiano: mais que agir conforme o dever prefiro agir por dever. Ainda não decidi se, na próxima reunião, farei algum comentário ao dito do mencionado deputado. Apetece-me dar ao desprezo como fiz na reunião (no final, intencionalmente, passei junto do dito senhor a quem cumprimentei), mas o respeito por todos os comunistas que conheci e conheço, de que realço o senhor Dário Bastos, pai da minha amiga Lígia, quase me obriga a dizer publicamente que não confundo a “nuvem por Juno” nem “tomo a árvore pela floresta”.

CARTA DE DESPEDIDA

Na 5ª feira, apresentei a seguinte carta de despedida à minha entidade patronal.

Exmos Senhores
Directores (…)
Hoje de manhã, a D. Fernanda entregou-me (…) duas folhas/fotocópias, assinadas pelo Director (…), relativas a faltas que me foram assinaladas nos dias 7 e 11 de Setembro e que eu justifiquei, invocando motivos familiares. Da sua leitura, concluí que as faltas foram aceites como justificadas mas não foram remuneradas. Em consequência, foram-me descontados 38.58 Euros no meu ordenado de Setembro.
Trabalhador desta casa desde 1978, não sei quantas faltas dei : só sei que foram muito poucas e nenhuma injustificada. Concretamente, penso que no ano passado não dei qualquer falta (…), tendo adiado a realização de uma cirurgia para o dia 11 de Julho, a fim de não faltar (…). Mesmo neste caso, apesar de eu ter dado conhecimento prévio à Direcção, fui aconselhado, posteriormente, a apresentar atestado médico o que fiz. Se puderem fazer o levantamento das minhas faltas, muito agradeço.
Informo que (como trabalhador em tempo parcelar) apenas me são pagas onze horas semanais. Ora acontece que, na semana do dia 7 (que foi uma 6ª-feira), eu estive no trabalho todos os restantes dias, numa média de 3 horas diárias perfazendo um total de 12 horas. No dia 11, às 15 horas, estive presente na reunião com um dos Directores e, logo que fiquei livre, vim trabalhar com as colegas (…) na sala 18 até às 17 horas.
O simbólico é um factor determinante do agir humano. Só assim se compreende que trinta e oito euros e cinquenta e oito cêntimos possam pôr em causa 30 anos de mútua colaboração.
Em consequência de todo o exposto, entrego o meu horário, não dando mais aulas nessa casa, a partir de 2ª feira, dia 1 de Outubro.
Foi com prazer que convosco colaborei.
Respeitosos cumprimentos

A carta foi escrita na 4ª feira à tarde. E dormi tranquilo nessa noite. Mais uma vez sentia que fazia o que deveria fazer. Como se costuma dizer, “ uma boa consciência é o melhor colchão para dormir uma noite descansada…”
Na 5ª feira, depois de entregar três cartas dirigidas a cada um dos Directores, trouxe para casa todo o material que possuía na empresa.
Logo que recebeu a minha carta, o director que assinara o documento acima referenciado telefonou-me imediatamente dizendo-me que compreendia perfeitamente a minha indignação mas que o assinara sem sequer o ler; que eu não podia pôr em causa uma amizade de muitos e bons anos. Disse-lhe: amigo, como se costuma dizer, trabalho é trabalho, conhac é conhac; eu distingo perfeitamente esses dois planos, a nossa velha amizade não está em causa, a relação de trabalho é que acabou. Ele, então, recorreu a argumentos que, devida a essa muito velha amizade, me fizeram recuar na decisão. E, para ele poder almoçar com tranquilidade, e eu não me sentir responsabilizado pelo agravar de um estado de saúde já muito débil, acabei por retirar a minha despedida. Continuarei a trabalhar. Hoje mesmo já me foi entregue a quantia que me fora descontado (o que era o menos importante na desfeita que me fizeram). Fiquei feliz por ter feito o que fiz. Espero que, de futuro, haja mais cuidado com o que se assina e a Direcção, sabendo quem tem, não confie tanto nas suas assessorias… Era uma lição que precisava de dar porque não me faltavam motivos. Sou muito compreensivo e até flexível no que se refere a assuntos, para mim, menores mas, no que toca ao essencial, sou implacável. Razão tinha o meu amigo director quando disse: “ eu conheço-te muito bem.”. Fiquei feliz…

CARTOLA OU CARTOLINA

No domingo à tarde, o meu grupo de teatro “ Às três Pancadas”, por convite da Junta de Baguim, foi representar o auto “ Cartola ou Cartolina”, da autoria da Lígia Bastos e da Fátima Silva, no Centro Paroquial, para comemorar o “Dia Mundial do Idoso” (Devemos colaborar nestas iniciativas porque, também nós, um dia, o seremos…) O salão estava cheio de uma assistência que participou activamente no espectáculo. O tema, tratado de modo humorístico, era uma paródia ao julgamento de Carolina Salgado e Pinto da Costa. Eu assumi o papel de “ Penta da Costa”, enquanto a minha amiga Maria da Luz era a “Cartolina” e a Fatinha encarnava o papel de “Juíza Morgada”. A Natália era a “Bela”, testemunha da ré, a Lígia representava a “Madame do Chapéu”, testemunha do réu. E a escrivã, (uma estreia mundial) foi interpretada pela minha mulher. Que bem se portou!... Nem se riu quando, peremptória, me estendeu a bíblia, que por sinal era a “Rosa do Mundo”e me ordenou: “E o Senhor! Jure por favor”. Ao que eu, com toda a seriedade, de mão estendida sobre o livro, e olhando-a nos olhos, respondi: “Pela minha sinceridade! Eu só minto quando não digo a verdade.” Está contratada... Dois jovens, o Ricardo e o Dino formavam a claque dos “Hiper-Dragões”.
Foi um lindo espectáculo que fez rir toda a assistência, incluindo o senhor Presidente da Junta e o senhor Abade, sentados na primeira fila. Este, no fim, teceu grandes elogios à nossa actuação e louvou a voz da apresentadora do espectáculo (que foi a minha esposa) de quem disse ter uma voz muito bonita, melodiosa e com uma belíssima articulação.
Sabe tão bem ver as pessoas felizes, especialmente quando a maioria é constituída por pessoas que muitos desprezam como pesos inúteis numa sociedade que se pauta por valores utilitários e hedonistas… Fiquei feliz!


O MEU FILHO ZÉ

Na 6ª-feira, o meu filho foi à consulta da Drª Marta, no IPO, que lhe disse que os resultados da T.A.C , do R.X pulmonar e das análises estavam bem. Foi um alívio. As horas que antecedem este tipo de consulta são sempre de muita ansiedade e sofrimento. E a noite anterior é mal dormida. Graças a Deus, já passaram 17 meses após a operação feita no Instituto Rizzoli em Bolonha…
No domingo de manhã, foi recebido pela Drª Ana Margarida, especialista da dor no Hospital de Santo António e amiga da minha velha amiga Drª Regina. Viu e disse-lhe que o acompanharia sempre (deu-lhe o número do seu telemóvel) para, se não tirar, pelo menos atenuar as dores que sente nas costas. Foi muito bom.
E o meu filho voltou a sonhar. Já faz projectos para o futuro… Está a renascer… Que bom!...

OS MEUS GENEBRINOS
Depois de dias de muito trabalho e grande pressão, os meus filhos que trabalham e moram em Genebra, partiram para uns mais que merecidos dias de férias em Agadir… Que aproveitem, que bem precisam!
Conseguiram alugar o apartamento que possuem na Praça da Corujeira e, por sinal, a um casal que estimamos e cujos filhos foram do meu grupo de jovens. Como tinham lá várias coisas, na sexta e no sábado, eu e a mãe andámos a trazer tudo para nossa casa de modo a que o apartamento ficasse livre para poder ser ocupado. E ficou. Na 2ª-feira a Dona Margarida foi fazer-lhe uma limpeza.
E mais… As chaves da arrecadação, há muito desaparecidas, apareceram. Foi um alívio. E o meu amigo Hildo indicou-me um picheleiro da sua confiança para ir ver o apartamento por causa de uma fuga de água nas canalizações… Tudo a correr bem.

O PASSADO E O FUTURO
Recebi um convite do presidente da Obra Diocesana de Promoção Social da Cidade do Porto, para, no dia 30 de Outubro, estar presente no lançamento do livro da autoria do Bernardino Chamusca “ Obra Diocesana 40 anos de Promoção Social”. Sabe sempre bem quando se lembram do nosso passado. Não tanto por nós, mas porque mostram que a gratidão e o reconhecimento são virtudes que ainda não morreram na nossa terra… É o passado que se faz presente.
Na 6ª-feira à noite, o Eng. Mira veio convidar-me para fazer um curso de formador das “Novas Oportunidades” que irá funcionar à sexta e ao sábado, não sei durante quanto tempo. E eu lembrei-me que sou filho de um senhor que, aos 67 anos já doente, se autopropôs para fazer o exame da 4ª classe porque não queria morrer só com a terceira classe, feita com o mestre-escola Cosme, ainda em tempos da Monarquia. E ficou aprovado. E por isso, logo agradeci o convite e pedi para me inscrever, dizendo “nunca se é velho para aprender”. É o futuro a marcar o presente.

FUTEBOL

No sábado à noite, fomos a casa da nossa afilhada (Que lindo! Que “reguila”! Que “guicho”! Que maroto! Está o seu/”nosso” menino!). Estivemos com o Manel e o Fernando a assistir aos jogos que deram na televisão. Primeiro, foi um Benfica-Sporting. Fazíamos força para que empatassem e o resultado final foi de 0-0. Tudo bem. Era o que queríamos. Depois foi o Porto-Boavista que concentrou todas as nossas atenções. Torcemos, torcemos. Gritámos com dois golos do Lisandro Lopez. E, no fim, o marcador cantava - F.C. Porto 2 – Boavista 0. E o Porto, à 6ª jornada, já leva 5 pontos de avanço sobre o Sporting e 5 ao Benfica. Que maravilha!. Eu sei que ainda estamos no início do campeonato, mas, como diz o nosso povo, “candeia que vai à frente alumeia duas vezes…”


VALE A PENA VIVER !...

Foi ou não foi um rico fim-de-semana?
Para comemorar, e por convite do meu filho Zé a quem o amigo Rui arranjou três bilhetes, vamos logo à noite assistir no Coliseu do Porto a um concerto de Flamenco dado pelo “Sexteto de Vicente Amigo”, integrado no Festival GuitarFest 2007. É um modo de celebrarmos o Dia Mundial da Música.
E, para terminar, apetece-me transcrever alguns versos do poema da minha amiga Lígia que eu recitei no início da festa de ontem em Baguim.
Há uma criança a nascer
Vamos dar-lhe a mão
Ajudá-la a caminhar
Ajudá-la a estar e ir
Ajudá-la a vencer
A brincar
E rir
E sonhar
E outra vez crescer
Outra teia tecer
E nunca envelhecer
E vale a pena viver!”